Sesa define sobre suspensão da vacinação de adolescentes no Ceará nesta quinta, 16
Ministério Público recomendou a suspensão da vacinação de adolescentes sem comorbidades. Reunião ocorre na tarde desta quinta, 16O Ministério da Saúde recomendou, por meio de nota técnica publicada nessa quarta-feira, 15, a suspensão da vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades contra a Covid-19. No Ceará, a suspensão da campanha deve aguardar posicionamento da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). A pasta informou que realiza uma reunião ainda nesta quinta-feira, 16, com representantes da Saúde dos municípios para avaliar o conteúdo da nota.
[ATUALIZAÇÃO] Às 18h27min, a Sesa informou que decidiu continuar a vacinação de adolescentes no Ceará, apesar da recomendação do Ministério.
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Nas reuniões da Comissão Intergestores Bipartite do Ceará (CIB-CE), participam gestores da Sesa e das secretarias municipais de Saúde. A previsão é que o Estado se posicione oficialmente após a reunião, conforme O POVO apurou.
No Ceará, o total de 126 municípios iniciaram a campanha no público mais jovem, com a aplicação da primeira dose da vacina (D1) contra a doença em adolescentes com e sem comorbidades.
A campanha foi iniciada no dia 26 de agosto, com Fortaleza iniciando a aplicação da D1 em jovens restritos ao leito. Nesta semana, a Capital finalizou a campanha em todos os adolescentes cadastrados para receber o imunizante e deu início a repescagem de quem perdeu o primeiro agendamento.
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O início da vacinação de adolescentes no Brasil foi anunciado em julho deste ano pelo ministro da saúde, Marcelo Queiroga. Agora, o novo texto do Ministério afirma que a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, que aprovou a medida, decidiu a suspensão com base em evidências científicas.
"Revisará, sempre que necessário, suas recomendações, com base em dados de segurança e na evolução das evidências científicas", ressaltou o texto.
Dentre os motivos apontados, está que a Organização Mundial de Saúde não recomendaria a imunização de criança e adolescente, com ou sem comorbidades.
A página oficial da OMS ressalta que crianças e adolescentes tendem a ter doenças mais brandas em comparação com adultos, a menos que tenham comorbidades. O texto afirma que a vacinação da faixa é "menos urgente do que pessoas mais velhas, com condições crônicas de saúde e profissionais de saúde".
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Atualizada às 20h20min