Los Angeles obriga vacinação para estudantes maiores de 12 anos
Semestre letivo começou no final de agosto nos Estados Unidos; estudantes que assistirem aulas de forma presencial devem ter completado o esquema vacinal até dezembro
03:40 | Set. 10, 2021
Todos os estudantes maiores de 12 anos das escolas públicas de Los Angeles deverão estar vacinados contra a covid-19 até o fim do ano, decidiu nesta quinta-feira (9) o distrito escolar da cidade californiana. A medida, decidida em votação, pode abrir precedente por ser a primeira do tipo imposta por um distrito escolar dos Estados Unidos, que enfrenta um aumento no número de infecções, impulsionadas principalmente pela variante Delta do coronavírus.
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Todos os adolescentes com mais de 12 anos em aulas presenciais nas escolas públicas do distrito terão até 21 de novembro para receber a primeira dose do imunizante, e até 19 de dezembro para a segunda. "A vacina é segura, eficaz e é a melhor maneira de manter nossos alunos protegidos contra o vírus", tuitou Kelly Gonez, presidente do conselho do distrito escolar, minutos após a votação. Todos os alunos com mais de 12 anos que frequentam aulas presenciais devem estar vacinados até 10 de janeiro de 2022, destacou o distrito escolar em um comunicado.
"Estamos exigindo essas vacinas porque continuamos a priorizar a saúde e a segurança de nossos alunos e funcionários", explicou o membro do conselho distrital George J. McKenna III, citado no texto, acrescentando que, na semana passada, mais de 250.000 crianças foram diagnosticadas com covid-19. Cerca de 600.000 alunos estão matriculados em escolas públicas no distrito de Los Angeles, uma cidade na costa oeste do país com quase 4 milhões de habitantes.
O distrito já havia exigido que as crianças fossem testadas regularmente, bem como o uso de máscaras em espaços abertos e fechados. Professores e outros funcionários devem ser vacinados. Cerca de 58% dos adolescentes entre 12 e 18 anos nos Estados Unidos foram inoculados com pelo menos uma dose. A decisão de Los Angeles vem logo após o presidente Joe Biden ordenar a vacinação ou testes semanais em todas as empresas com mais de 100 funcionários, como parte do plano para lidar com a pandemia.
Vacinas, máscaras e outras medidas de controle contra a covid-19 se tornaram o centro de um debate político nos Estados Unidos. Os estados e condados onde governa o Partido Republicano resistem à imposição de regras recomendadas pelos médicos, argumentando que elas interferem nas liberdades pessoais.
A implementação de um programa de imunização abrangente e gratuito foi considerada fundamental para reduzir novos casos de coronavírus, uma doença responsável por mais de 650.000 mortes e mais de 40 milhões de infecções nos Estados Unidos. Mas o surgimento da variante Delta, altamente contagiosa, ameaça essa evolução, com novo aumento de casos, principalmente onde a vacinação teve baixa adesão.
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