Adolescentes se vacinam no Centro de Eventos em mais um dia de longas filas

Fortaleza deu início à vacinação dos mais de 50 mil adolescentes cadastrados no Saúde Digital. Os jovens devem ser imunizados hoje, 28, com a vacina da Pfizer/BioNTech

12:35 | Ago. 28, 2021

Por: Levi Aguiar
Sábado de vacinação em adolescentes no Centro de Eventos do Ceará. (foto: Catalina Leite/O POVO)

A capital cearense deu início à vacinação dos mais de 50 mil adolescentes cadastrados no Saúde Digital, hoje, sábado, 28. A imunização dos jovens com menos de 18 anos está acontecendo no Centro de Eventos do Ceará, na avenida Washington Soares, em Fortaleza. O POVO esteve no local e acompanhou as longas filas tanto para entrar no ambiente interno do Centro, como para ter acesso ao imunizante. Confira:

A recomendação da secretária-adjunta da Saúde do município de Fortaleza, Aline Gouveia, é que apenas um responsável acompanhe o adolescente, para evitar aglomerações. Os jovens devem ser imunizados com a vacina da Pfizer/BioNTech.

A hora de tomar a vacina contra Covid-19 se tornou um momento de muita emoção e até manifestação política, com direito a vídeos, cartazes e fotos. Não foi diferente com a estudante Amanda Maria Pereira, de 16 anos. "Eu trouxe uma plaquinha para manifestar revolta, por causa do País do jeito que está e pela demora com os imunizantes para a população", comenta Amanda.

Ela estava ao lado do pai, Ibiapino Pereira, de 42 anos. Sobre o ato da filha, seu Ibiapino diz apoiar: "Eu acho importante, porque a gente perdeu muita gente importante por causa da doença. Se as vacinas tivessem sido antecipadas, talvez não tivéssemos chegado a esse ponto."

Além das manifestações políticas, os adolescentes também deram um show de segurança. Ao O POVO, contaram sobre os cuidados com o uso das máscaras e a higienização constante das mãos.

Júlia Soares, de 16 anos, por exemplo, usa a máscara PFF2 com o suporte de uma máscara cirúrgica, só para garantir. O desejo da mãe dela, Magda Melo, 48, é que a filha possa ter um pouco mais de tranquilidade durante a pandemia, mas sem descuidar, é claro. 

O mesmo vale para Maria Giovanna Batista, 17 anos: ela perdeu a avó para a Covid-19 e se preocupou muito com o irmão, de 20 anos, que trabalha na recepção de um hospital. "Foi complicado. A gente sempre teve medo dele pegar, às vezes ele tinha uns sintomas", lembra a estudante. 

"Mesmo se vacinando, tem que continuar com os cuidados. Tem que continuar com máscara, lavando sempre as mãos. Porque a pandemia ainda está aí!", reforça Maria José Batista, mãe de Giovanna.