Entregas de vacinas serão regulares até o fim do ano, diz Fiocruz
A chegada de três lotes do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) possibilitaram essa garantia. O órgão se posicionou ainda contra a vacinação de forma heteróloga, com as duas doses de fabricantes diferentes
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deve manter a regularidade de entrega das vacinas contra Covid-19 até o fim deste ano, com média de 18 milhões de doses a cada mês. Em nota, a instituição confirmou o recebimento em agosto de três novos lotes do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), essencial para a fabricação dos imunizantes.
Até o dia 13 deste mês, a Fiocruz já disponibilizou 84,5 milhões de doses ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), coordenado pelo Ministério da Saúde. Desde o início, foram 22 semanas com entregas ininterruptas dos imunizantes. “Não temos nenhuma indicação de problemas de abastecimento ou da escassez da vacina”, garante o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger.
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O órgão ainda se manifestou sobre a chamada vacinação heteróloga — quando as duas doses recebidas da vacina têm fabricantes diferentes. Para a Fiocruz, deve-se manter a imunização com doses iguais, devido aos dados científicos atuais. “As evidências são superiores em termo de duração à resposta pós-vacinal. Isso está sendo acompanhado de perto diante da evolução da pandemia”, enfatiza Krieger.
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Em nota, a Fiocruz argumenta ainda que um estudo, conduzido pela Universidade de Oxford e publicado em junho deste ano na revista científica The Lancet, indica que não há prejuízo em aumentar o intervalo entre a primeira e a segunda dose, em caso de necessidade. Conforme a pesquisa, a primeira dose pode sustentar uma eficácia de 80% por até 10 meses até a segunda dose.
No Ceará, já foram recebidas 1.554.000 de doses da Fiocruz, de acordo com dados do Vacinômetro da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) atualizados nesta terça-feira, 17. No total, 2.041.613 cearenses já completaram o esquema vacinal contra a Covid-19, tomando as duas doses ou a vacina de dose única, no caso da Janssen. O número equivale a 22,2% da população, conforme projeção do IBGE para 2020.