Juazeiro do Norte e Barbalha montam barreiras sanitárias para conter variante delta
Em todo o Ceará já foram identificados 16 casos da mutação, um deles em morador da região do Cariri. A contaminação de um profissional de saúde do município de Icó confirmou a transmissão comunitária da variante
Juazeiro do Norte e Barbalha, municípios cearenses situados na Região do Cariri, anunciaram nesta semana que vão implantar barreiras sanitárias em equipamentos como aeroportos e rodoviárias, realizando teste de Covid-19 na população que desembarcar neles. Ações ocorrem com o intuito de conter a chegada da variante delta do coronavírus nas cidades. Informações são da Rádio CBN Cariri.
Em todo Ceará já foram identificados 16 casos da mutação, sendo um deles de morador de Icó, na região do Cariri. Para evitar que a cepa entre na cidade, Juazeiro do Norte vai contar com barreiras sanitárias tanto na rodoviária como no Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes. Com a fiscalização começando nesta sexta-feira, 13, a ideia é que cerca de 20% da população que desembarcar seja testada para Covid-19.
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A Secretaria da Saúde de Juazeiro do Norte informou, em entrevista ao repórter Guilherme Carvalho, da CBN Cariri, que os exames serão realizados inicialmente naquelas pessoas que estão chegando de estados onde a variante circula. Entre eles Maranhão, São Paulo e Rio de Janeiro.
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Também será dado uma orientação para que essas pessoas, vindas de estados onde a cepa já está em transmissão comunitária, fiquem de quarentena voluntária por 14 dias. Em caso do teste dar positivo, o individuo será encaminhado para uma Unidade Covid, onde ficará em isolamento.
Em Barbalha, as barreiras sanitárias serão instaladas na rodoviária municipal. "A orientação é que os passageiros advindo de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco, Maranhão, Goiás, Distrito Federal, todos esses precisam, independente de estar ou não com a Covid-19, realizar auto quarentena de 14 dias", destacou o coordenador da vigilância sanitária de Barbalha, Carlos Albuquerque.
Delta no Ceará
A variante delta do coronavírus foi identificada pela primeira vez no Ceará no fim de julho deste ano, quando quatro viajantes, oriundos do Rio de Janeiro, testaram positivo para a cepa. Desde então mais 11 novos casos de infecção pela mutação já foram identificados no Estado, sendo todos eles importados. Ou seja, todos os pacientes contraíram a infecção durante viagem a outras Unidades Federativas.
Grande parte dos casos de delta que chegaram ao Ceará vieram do Rio de Janeiro, onde a cepa já circula entre bairros e municípios- a chamada transmissão comunitária. Já foram identificados casos também de pacientes vindos de Recife, de São Paulo e do México.
Por conta da chegada da delta, mais contagiosa que a cepa original do vírus, o governador Camilo Santana (PT) decidiu prorrogar o decreto estadual de enfrentamento ao coronavírus. Desde julho, cerca de 20% dos passageiros que desembarcam em Fortaleza vindos do exterior ou dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro realizam testes rápidos e exames de RT-PCR. Ação de monitoramento buscar evitar a disseminação da cepa na Unidade Federativa.
Na noite desta quarta-feira, o Ceará confirmou o primeiro caso de transmissão comunitária da variante Delta do Covid-19. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) informou que a cepa foi identificada em um profissional de saúde do município de Icó, distante 361,3 km de Fortaleza. A orientação do Governo do Estado é que viagens entre as cidades cearenses ocorram apenas em casos estritamente necessários. Caso também acende alerta para reforço de cuidados sanitários, como uso de máscara e álcool 70%.
Com informações do repórter Guilherme Carvalho, da CBN Cariri
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