CoronaVac é 86% eficaz na prevenção da morte por Covid, aponta relatório de vacinas no Chile
O país relata que já vacinou cerca de 80% de sua população-alvo, acima de 16 anos. O Chile tem uma população estimada em 19 milhões e o estudo cobriu cerca de 15 milhões de chilenos.
10:13 | Ago. 04, 2021
O Ministério da Saúde do Chile divulgou na última terça-feira, 3, os resultados do estudo “Eficácia do Programa de Vacinação contra a SARS-CoV-2”. A pesquisa incluiu as vacinas CoronaVac, Pfizer-BioNTech e AstraZeneca. Aplicada em mais de 8 milhões de habitantes, o relatório aponta que a CoronaVac é 86% eficaz na prevenção de hospitalizações; 89% para evitar internações em unidades de terapia intensiva e 86% na prevenção de mortes. A CoronaVac é a segunda mais usada na campanha de imunização brasileira.
O documento é atualizado mensalmente e visa estimar preliminarmente a eficácia das vacinas utilizadas no Plano Nacional de Imunização contra a doença. O médico Rafael Araos, um dos líderes desta pesquisa, explica que um grupo de pessoas são acompanhadas ao longo do tempo e ficam expostas a uma vacina ou não.
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O pesquisador garantiu que os resultados permitem afirmar que os cidadãos podem ficar tranquilos com a eficácia de vacinas contra a SARS-CoV-2 disponíveis no País, "pois são especialmente eficazes na prevenção de hospitalizações, internações em UTI e morte por Covid-19”.
Vacina Sinovac
Com 8.600.000 de indivíduos maiores de 16 anos:
- 58,49% eficaz na prevenção de Covid-19 sintomático;
- 86,02% de eficácia para prevenir hospitalização;
- 89,68% de eficácia para prevenir a admissão na UTI;
- 86,38% de eficácia na prevenção da morte.
Vacina Pfizer-BioNTech
Com 4.500.000 indivíduos maiores de 16:
- 87,69% eficaz na prevenção de Covid-19 sintomático;
- 97,15% de eficácia para prevenir hospitalização;
- 98,29% de eficácia para prevenir a admissão na UTI;
- 100% eficaz para prevenir a morte.
Vacina AstraZeneca
Com 2.380.000:
- 68,68% eficaz na prevenção de Covid-19 sintomático;
- 100% de eficácia para prevenir hospitalização;
- 100% de eficácia para prevenir a admissão na UTI;
- 100% eficaz para prevenir a morte.
Rafael Araos informa que a vacina CoronaVac continua apresentando importantes sinais de eficácia contra a doença para casos de internação, internação em UTI e óbito. "No entanto, sua eficácia na prevenção da doença diminuiu de 67% para 58,49%. Portanto, a discussão sobre uma dose de reforço é oportuna".
Sobre a Pfizer-BioNTech, ele acrescentou que “também mostra uma diminuição da proteção contra Covid-19, mas permanece estável nas demais variáveis, com bons números referentes a evitar hospitalização, admissão em UTI e óbito”.
Araos também menciona a avaliação sobre o estudo da AstraZeneca, em que a análise sugere 100% de eficácia para evitar hospitalização, admissão em UTI e óbito, porém, o tempo de seguimento é menor e esses resultados devem ser confirmados no futuro.
O estudo cobriu cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 16 anos vacinadas contra a SARS-CoV-2 de fevereiro a julho de 2021. Os resultados de eficácia foram considerados a partir do dia 14 após a segunda dose.
Com uma população estimada em 19 milhões, o Chile administrou pelo menos 24 milhões de doses, das quais 13.163.094 são pessoas com dose única e primeira dose. Em relação às pessoas que completaram a vacinação somam-se 12.167.623. O país afirma que esse valor representa 87% e 80% respectivamente da população-alvo a ser vacinada.
Na última terça, o Chile registrou 616 novos casos, a cifra mais baixa desde abril do ano passado. O pesquisador credita os bons resultados à vacinação em massa da população. "Estes dados reforçam que a vacinação tem tido um papel importante no controle da pandemia".