Região Nordeste é a que tem mais medo do coronavírus, diz CNI

O receio do vírus também é maior entre quem tem menos escolaridade e quem tem menor renda familiar. Dados são de pesquisa divulgada nesta sexta, 30

Dentre as cinco regiões brasileiras, o Nordeste é a que tem mais medo da pandemia do coronavírus. Os dados são da quarta edição da pesquisa "Os brasileiros, a pandemia de Covid-19 e o consumo", realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta sexta, 30. 

Na amostra por perfis dos mais de 2 mil entrevistados entre os dias 12 e 16 de julho, 27% dos nordestinos afirmaram ter um medo "muito grande" da pandemia, sendo a maior porcentagem entre as regiões analisadas. Na sequência aparecem o Sudeste (21%), Norte e Centro-Oeste (19%) -  duas regiões contabilizadas juntas - e o Sul (14%), a região que menos sente medo do coronavírus, de acordo com os dados. 

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O receio do vírus também é maior entre quem tem menos escolaridade e quem tem menor renda familiar: dos entrevistados, um total de 27% que concluíram apenas o ensino fundamental são os que mais temem o coronavírus, seguido dos que tem ensino médio (18%) e ensino superior (18%).

Em julho de 2021, 27% da população afirmaram ter medo "médio" da pandemia, 25% afirmaram medo "grande", 22% afirmaram ter um medo "muito grande", 16% disseram não ter nenhum medo, 9% afirmaram ter medo pequeno, 2% afirmaram ter um medo muito pequeno e outro 2% não responderam.

O índice de medo dos brasileiros em relação à pandemia é médio (27%), maior porcentagem entre os termos "muito grande", "grande", "médio, "pequeno", "muito pequeno" e "nenhum", sem contabilizar os que não souberam ou não responderam ao questionamento.

O maior índice de medo da pandemia foi atingido em abril de 2021, com 33% dos entrevistados confirmando seu receio com o coronavírus. Em julho de 2021, o dado despencou para 22% e o medo "grande" da pandemia aumentou para 25%.

Os índices de medo da pandemia refletem no esquema de vacinação no Brasil. Nove em cada dez brasileiros entrevistados afirmaram que tomariam qualquer marca de vacina contra a Covid-19. 

O índice do Nordeste é o terceiro maior entre os entrevistados: um total de 90% da população dos estados inclusos na Região, dentre eles o Ceará, não se importa com a marca do imunizante a ser aplicado. Um total de 9% dos entrevistados na região não se vacinaria caso no Centro de vacinação a vacina "escolhida" não esteja disponível.

Para evitar a escolha dos conhecidos "sommeliers de vacina", cidades em todo o Brasil estão realizando ações. Na cidade de São Bernardo do Campo, quem quiser escolher vacina irá para o fim da fila. Já em Recife, por exemplo, a Prefeitura anunciou que quem "escolher" vacina contra Covid-19 terá agendamento travado. 

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