Covid-19: Eficácia de vacina da Pfizer cai para 84% após seis meses, aponta estudo

A pesquisa é relativa ao declínio que pode alimentar o caso da Pfizer de que uma terceira dose será eventualmente necessária.

11:27 | Jul. 29, 2021

Por: Levi Aguiar
A vacina da Pfizer e da BioNTech contra a COVID-19. (foto: ARQUIVO)

A eficácia da vacina Covid-19 desenvolvida pela Pfizer e BioNTech caiu de 96% para 84% em seis meses, de acordo com uma pesquisa que avalia a necessidade de uma terceira dose do imunizante. As informações foram divulgadas na última quarta-feira, 28, na STAT News, site americano de notícias voltadas para a saúde.

Os dados sugerem que a vacina foi 91% eficaz em geral na prevenção da Covid-19 ao longo de seis meses. A pesquisa foi divulgada em um formato preprint e ainda não foi revisada por cientistas externos.

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Paul Offit, pediatra e especialista em vacinas do Hospital Infantil da Filadélfia, afirmou ao STAT News que os resultados são "muito tranquilizadores", pois a necessidade potencial de doses de reforço está ligada ao número de pessoas totalmente vacinadas que desenvolvem doença grave. Esse número foi de apenas 3% após seis meses, sugerindo que duas doses da Pfizer oferecem proteção adequada.

Para a pesquisadora de bioestatística da Emory University, Natalie Dean, os dados apontam para duas possibilidades: ou a eficácia da vacina contra doenças leves está diminuindo ligeiramente ou o surgimento de novas variantes virais a fez parecer menos eficaz.

“É algum tipo de declínio modesto, mantendo a perspectiva de que esse número ainda é alto”, afirmou. Ela também enfatizou que à medida que mais dados são coletados, a vacina continua eficaz na prevenção de doenças graves.

O estudo em andamento envolveu cerca de 44.000 voluntários. A imunização atingiu um pico de mais de 96% dentro de dois meses após a vacinação e caiu para 84% após seis meses. A eficácia do imunizante na prevenção de qualquer infecção por Covid-19, incluindo as que causam apenas sintomas leves, pareceu diminuir em média 6% a cada dois meses. 

Já contra formas graves da doença, que incluem pessoas com baixos níveis de oxigênio no sangue ou que precisam ser hospitalizadas, a eficácia geral da vacina foi de 97%. O artigo deixa em aberto a possibilidade de que doses de reforço possam eventualmente ser necessárias para reduzir as infecções. 

Segundo informações divulgadas pela Pfizer, a vacina contra a Covid-19 da empresa aponta para 95% de eficácia, com esquema de duas doses, num intervalo de 21 dias entre as doses.