França exige vacinação para frequentar bares e 1,7 milhão agendam imunização
Atualmente, 52,6% da população francesa já recebeu ao menos uma dose, e 36,8%, as duasO presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou na última segunda-feira, 12, que um passe sanitário será exigido para quem quiser frequentar locais culturais e de lazer. Como consequência, o país europeu apresentou aumento nos índices de procura pela imunização. Por meio do Doctolib, uma das maiores plataformas do país para agendamentos médicos, mais de 1,7 milhão de franceses, ou 2,5% da população, reservaram um horário na segunda e nesta terça para receber a primeira dose
O primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou que apenas nesta terça, 13, 792.339 franceses receberam uma dose do imunizante contra a Covid-19, 23% a mais do que o registrado na última quinta-feira, 8. Por conta da grande procura por atendimentos, o site Doctolib saiu do ar por cerca de meia hora após o pronunciamento do presidente, às 20 horas no horário local. Segundo a plataforma, às 21 horas, foram registrados 20 mil agendamentos por minuto.
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De acordo com dados do site Our World in Data, da Universidade de Oxford, a média móvel de vacinas distribuídas por dia no país vinha crescendo lentamente até 1º de julho, quando passou a cair. No primeiro dia do mês, esse número chegou a 585.128. Na última quinta, os números chegaram a 564.411, voltando a níveis do início de junho.
As medidas determinam que, a partir de 21 de julho, será necessário apresentar um certificado de vacinação ou teste negativo recente, o tal passe sanitário, para ir a espetáculos, parques de diversão, shows ou festivais. Já para cafés, restaurantes, trens e ônibus de longa distância, a medida valerá em agosto, ainda sem data definida.
Do mesmo modo, os trabalhadores de locais que recebem público terão até 30 de agosto para se imunizar. Caso não cumpram a exigência, terão de se submeter a testes de detecção do coronavírus a cada dois dias "se quiserem continuar a trabalhar”, declarou o primeiro-ministro francês.
De acordo com levantamento realizado nos dias 22 e 23 de dezembro pelo Instituto Odoxa, no início da vacinação contra a Covid, 58% da população rejeitava os fármacos. De acordo com a pesquisa, um dos principais motivos apontados pelos entrevistados era que “não se vacinar é uma decisão razoável tendo em vista uma nova doença e uma nova vacina”. Hoje, no entanto, 52,6% da população já recebeu ao menos uma dose, e 36,8%, as duas.
Em entrevista ao France 2 Véran, o ministro da Saúde explicou que as medidas não valerão de imediato para todos com mais de 12 anos. Como a imunização da fatia da população que tem de 12 a 17 anos começou mais tarde, em 15 de junho, a exigência passará a valer para eles em 30 de agosto. Até lá, os adolescentes “deverão sempre permanecer de máscaras onde for necessário”.