"Vai pra favela", diz socialite à blitz após ter festa paralisada em SP

A festa clandestina no bairro Jardins, zona nobre da capital paulista, tinha cerca de 500 pessoas. No evento, em um show ao vivo, estavam a dupla Matheus e Kauan. O valor do ingresso era de até R$ 1.600.

Vídeo mostra uma socialite proferindo xingamentos contra agentes de segurança e fiscalização de medidas contra a Covid-19, indignada ao ter festa encerrada em São Paulo. No ato de paralisação da festa, Liziane Gutierreza ainda disse repetidas vezes aos agentes: "Vai pra favela". Na madrugada do último domingo, 11, a advogada estava em festa clandestina no bairro Jardins, zona nobre da capital paulista. Ao chegarem ao local, seguranças tentaram impedir a entrada de integrantes da blitz. 

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Com show da dupla sertaneja Matheus e Kauan, o evento clandestino aconteceu no escritório do advogado Adib Abdouni, no Jardim Paulista, e reuniu cerca de 500 pessoas, conforme informações do governo de São Paulo. O evento privado infringiu as restrições sanitárias ao reunir centenas de pessoas sem máscaras em meio à pandemia da Covid-19. O valor do ingresso era de até R$ 1.600.

A blitz era composta por integrantes das forças de segurança do Estado, Procon e Vigilância Sanitária. Além disso, o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) estava acompanhando a ação da segurança. Ele publicou vídeo da ocorrência no Twitter. "A gente precisa entender que estamos atravessando uma pandemia e parece que ninguém, nem a alta sociedade, nem a periferia, se importa com isso", afirmou Frota, nas redes sociais.

A dupla Matheus e Kauan afirmou, em comunicado à imprensa e reproduzido pelo portal UOL, que fora contratada para uma "pequena confraternização entre familiares e amigos" e que o contrato fora descumprido.

"No ato da contratação foi afirmado pelo contratante que seriam seguidos todos os decretos que regulam concentração de pessoas, adotando protocolos de segurança e que não haveria venda de ingressos. O departamento jurídico que assessora os artistas adotará as medidas cabíveis relativo ao descumprimento do contrato", diz o comunicado.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a responsável pelo local foi levada a uma delegacia após ser autuada por infração de medida sanitária preventiva. A pena pode variar entre um mês a um ano de prisão. "Eu loquei o espaço e fiz o evento, infelizmente às 23h eu não consegui tirar o pessoal", disse à TV Globo Alzira Scarabucci.

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