Covid em Fortaleza: médias de casos e mortes caem 73% e 57% em 14 dias
A média móvel de casos passou de 340 para 90,6, enquanto a dos óbitos saiu de 9,9 para 4,3. De acordo com boletim da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a curva dos casos acumulados indica redução dos contágios que, se mantida, se expressará em um platô
23:32 | Jul. 02, 2021
Em 14 dias, a média móvel de casos e óbitos por Covid-19 em Fortaleza diminuiu 73% e 57%, respectivamente. Os dados são de boletim epidemiológico referente à 26ª Semana Epidemiológica de 2021 (25 de junho a 01 de julho) e publicado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nesta sexta-feira, 2. A média móvel de casos passou de 340 para 90,6, enquanto a dos óbitos saiu de 9,9 para 4,3.
Ao todo, Fortaleza acumulou 249.953 casos da patologia confirmados por critério laboratorial até o dia 30 de junho. Este número não inclui diagnósticos positivados por teste rápido cuja data de coleta de amostra e de início dos sintomas foi a mesma ou menor que sete dias. De acordo com o boletim, a curva dos casos acumulados indica tendência de redução dos casos diários que, se mantida, se expressará graficamente em um platô.
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Em relação aos óbitos, já são 9.279 vítimas do coronavírus na Capital. Em maio iniciou-se uma diminuição das fatalidades diárias, que foi amplificada em junho e perdura até esta data. A SMS, no entanto, alerta que esse declínio é influenciado pelo retardo das notificações mais recentes. Ainda, declarou que, como o número diário de óbitos caiu substancialmente, chegando a um patamar inferior a 10 mortes, é provável que a partir desse momento haja uma desaceleração do ritmo de redução.
Desde o começo da pandemia no Município, 73% dos casos e 27% das mortes foram confirmados na população de 20-59 anos; 18% dos casos e 73% das mortes foram confirmadas no grupo com 60 anos e mais. Além disso, a maioria dos pacientes que morreu era do sexo masculino (55%). 7.796 casos e 20 óbitos foram confirmados entre crianças de 0 a 9 anos.
Apenas entre janeiro e junho de 2021, 9.279 óbitos foram confirmados na Capital. De acordo com o boletim, por conta da tendência de declínio da transmissão, depois do período de alta mortalidade da segunda onda, representado pelos meses de março e abril de 2021, foi realizada uma análise mais detalhada, em menores períodos de tempo.
Desta forma, em abril, a distribuição espacial, caracteriza-se, principalmente, pela manutenção do grande aglomerado de alta intensidade nos bairros da regional II e III e IV, com foco no Meireles, Aldeota e expandindo-se ao sul para os bairros Joaquim Távora, e a oeste para José Bonifácio, Fátima, Benfica chegando até a Parquelândia. Também se identificam alguns clusters em bairros da Regional III, como o João XXIII, Jóquei Clube e Henrique Jorge; e da Regional V, nos bairros José Walter e Planalto Ayrton Senna.
Em julho, o número de mortes continua em trajetória descendente, caracterizando o diminuição da segunda onda epidêmica. Pouquíssimas mudanças espaciais, em relação à localização dos clusters, são observadas em à abril. Agora os aglomerados são formados por menos óbitos.
Há ainda transmissão comunitária, não identificada inteiramente pela limitação de testagem dos casos leves nas áreas menos favorecidas, e pela perda de endereços no processo de geocodificação. A segunda onda, mais longa, já conta um número maior de mortes do que a primeira. Este aumento é particularmente expressivo em alguns bairros de muito alto e alto IDH.
Confira circulação do vírus por regional:
Regional I
Casos: 19.707
Óbitos: 1.356
Regional II
Casos: 39.664
Óbitos: 1.613
Regional III
Casos: 22.136
Óbitos: 1.374
Regional IV
Casos: 24.349
Óbitos: 1.270
Regional V
Casos: 34.416
Óbitos: 2.030
Regional VI
Casos: 38.887
Óbitos: 1.633
Sem regional especificada
Casos: 70.794
Óbitos: três
*Taxa de Mortalidade acumulada por bairro = Número total de mortes do bairro/População do bairro x 100.000 habitantes
>> Acesse a íntegra do boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira: