Covid-19: Fortaleza é a 12ª capital brasileira que mais vacinou com 2ª dose

A Capital cearense fica atrás de João Pessoa, Recife e Salvador, segundo painel de vacinação do Ministério da Saúde

22:57 | Jun. 23, 2021

Por: Luciano Cesário
Na foto, uma mulher recebe a vacina contra a covid-19 no Sesi da Parangaba, um dos 113 pontos de imunização em Fortaleza (foto: Fernanda Barros)

Pouco mais de cinco meses desde o início da campanha de imunização contra a Covid-19 no Brasil, apenas 12,58% da população de Fortaleza recebeu as duas doses das vacinas contra a doença. Num universo de 2,6 milhões de habitantes, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 338.202 foram imunizados com a primeira dose (D1) e segunda dose (D2). O número coloca a Capital cearense, proporcionalmente, na 12ª posição no ranking de vacinação com as duas doses entre as 27 Unidades da Federação.

Os dados constam no painel de vacinação do Ministério da Saúde, atualizado nesta quarta-feira, 23, com base nas informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde. A nível regional, quando considerados os percentuais de imunização com D2 das nove capitais do Nordeste, Fortaleza fica na 4ª colocação. Na liderança, com 14,98% da população imunizada, aparece a capital de Pernambuco, Recife. Depois, Salvador (BA), com 14,09%, seguida por João Pessoa (PB), com 13,67%.

 

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Das nove capitais nordestinas, apenas Recife (PE), Salvador (BA) e João Pessoa (PB) ficaram no “top 10” do ranking, ocupando as posições de número 6, 8 e 10, respectivamente. Na parte inferior da lista, cinco capitais da Região Norte amargam os menores percentuais de cobertura: Porto Velho - RO (8,61%), Boa Vista - RR (8,07%), Rio Branco - AC (6,98%) e Palmas - TO (6,31%).

Resposta imunológica

Desde o início da campanha de vacinação, o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais têm ressaltado que, sem a dose de reforço, o corpo não consegue gerar resposta imunológica satisfatória ao novo coronavírus. O tempo entre a primeira e a segunda aplicação varia de acordo com o antígeno: Oxford/Astrazeneca e Pfizer tem intervalo de três meses e CoronaVac, de até 28 dias.

A administração das duas doses, no tempo certo, é indispensável para que o grau de eficácia atingido pelas vacinas na fase final dos testes seja alcançado. A aplicação de apenas uma dose, conforme especialistas, gera imunidade parcial.

A infectologista Silvia Fonseca afirma que a resposta imunológica proporcionada pelos imunizantes costuma variar de pessoa para pessoa”. “Cada organismo possui uma resposta imune diferente a determinado tipo de vacina”, diz.

A médica ainda ressalta que as pessoas parcial ou totalmente imunizadas devem manter os mesmos cuidados com a prevenção, uma vez que a circulação do novo coronavírus, segundo ela, permanece alta. “Não podemos bobear, os vacinados devem continuar utilizando máscara, respeitando o distanciamento social, usando sempre álcool gel. Os próprios estudos mostram que um percentual, mesmo pequeno, de pessoas imunizadas corre risco de contrair o vírus e transmiti-lo para outras pessoas”, comenta Fonseca.