Como diminuir os riscos de animais contraírem o vírus da Covid-19

O estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz indica que os donos podem transmitir o vírus da Covid-19 anos animais, No entanto há, ainda, muito o que descobrir sobre os meios de transmissão deste vírus

14:51 | Jun. 08, 2021

Por: Lara Vieira
Com a pandemia, hábitos de higiene com os animais devem ser intensificados (foto: Divulgação)

Além dos cuidados que devemos ter para evitar o contágio da Covid-19, é importante também nos atentarmos sobre a segurança dos animais durante a pandemia. Um estudo pioneiro, desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela que o ser humano pode transmitir o novo coronavírus para animais de estimação. O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Ceará (CRMV-CE) indica como diminuir os riscos de contração de Covid-19 em animais.

A pesquisa é uma parceria do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas e o Instituto Oswaldo Cruz. Entre maio e outubro de 2020, os cientistas avaliaram 21 pacientes e 39 animais de estimação, sendo 29 cães e 10 gatos. O levantamento apontou que, de 21 domicílios diferentes, quase a metade apresentava um ou mais animais positivos para o vírus, de 11 a 51 dias após o aparecimento dos primeiros sintomas em seus tutores. Quarenta e seis por cento desses animais apresentaram sinais clínicos leves.

A Fiocruz orienta que aqueles que contraírem o coronavírus evitem o contato com os pets, pois ainda há muito o que descobrir sobre os meios de transmissão deste vírus. Se o convívio é inevitável, a recomendação é usar máscara facial e não tocar nos animais (ou usar luvas), sempre que possível.

Lavar bem as mãos antes e depois de tocar nos pets

Os hábitos de higiene com os animais devem ser redobrados. É essencial lavar bem as mãos antes e depois de brincar com os animais de estimação. Antes de colocar água e comida para o pet, por exemplo, é necessário higienizar as mãos para não contaminar as tigelas. Também é importante lavar as mãos com água e sabão depois de manusear os alimentos e limpar a urina e as fezes do animal.

Evitar passear em lugares movimentados

O ideal é evitar sair com os animais, o que nem sempre é possível no caso dos cães. Se não for possível restringir os passeios e interações, escolha horários e lugares em que não haja grande número de pessoas. Evite parques e pontos de encontro de pets. Por precaução, é melhor dar uma voltinha no quarteirão, em um horário de pouco movimento.

Higienizar as patas do animal

Se o cãozinho só faz suas necessidades na rua, vale a pena higienizar as patas dele, antes de entrar em casa. Os especialistas recomendam essa medida de prevenção em até duas vezes ao dia.

Ser pontual no veterinário

Se precisar levar o animal ao médico-veterinário, marque um horário e assegure-se de ser atendido pontualmente, chegando cinco minutos antes. A ideia é não ficar na sala de espera junto com outros pets ou pessoas. Preste atenção também na higiene do consultório.

Banhar o seu animal

O banho é capaz de eliminar o coronavírus da pelagem do pet, em caso de contaminação, já que o vírus é sensível a xampu, sabão e outros produtos químicos. Se o animal está dentro de casa e todos estão de quarentena, basta manter a higiene de praxe. Para gatos que andam por muros, telhados e quintais, o procedimento é utilizar banho a seco, com spray veterinário.

Nada de receber lambidas

Se o animal não sair na rua e não tiver contato com outras pessoas, tudo bem brincar com ele. O mesmo vale para quem está acostumado a compartilhar camas e sofás. Mas se for um pet que dá suas voltinhas por aí, evite beijar, abraçar, receber lambidas ou compartilhar alimentos com o animal.

Em caso de contração da Covid-19, faça quarentena!

O vírus pode ficar nos pelos dos animais após o toque de uma pessoa com diagnóstico positivo e, assim, transmitir a outra pessoa saudável que toque o pet depois ou pet. Por essa razão, recomendamos que que donos infectados façam uma quarentena de convivência com seus pets por prevenção.