No Ceará, parceria entre Hemoce e Fiocruz realizou mais 50 mil testes de Covid-19
Inicialmente, exames eram realizados apenas em profissionais da saúde. Depois, a parceria começou a atuar no acompanhamento de casos prioritários
Uma forma de analisar o cenário da pandemia da Covid-19 em uma região é por meio da testagem que comprova a presença da doença no organismo. Há um ano, o Hemoce Ceará e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) trabalham juntos nos diagnósticos do vírus nas unidades e hospitais da rede pública de saúde do Estado. Por meio da parceria, foram realizados mais de 50 mil exames de diagnósticos do coronavírus no último ano.
Iniciado em abril de 2020, o projeto atuava, inicialmente, na testagem da Covid-19 apenas em profissionais da saúde do Estado e do Hemoce. No entanto, em julho do ano passado, a parceria começou a atuar no acompanhamento de casos prioritários de transplantes, tanto de amostras de doadores, como de receptores, utilizando-se de sistemas de reações isotérmicas e de testagem direta de amostras, com resultados obtidos em menos de 10 minutos.
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Em entrevista à rádio O POVO CBN nesta quarta-feira, 2, a farmacêutica e coordenadora do laboratório de Covid-19 do Hemoce, Veridiana Pessoa, explica sobre o trabalho. “Começamos fazendo diagnóstico geral direcionado para todo os hospitais da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Depois a gente incorporou no nosso serviço, o acompanhamento pré-operatório, sendo testado antes de acontecer os transplantes, tanto dos doadores como receptores de órgãos. Isto irá permitir maior celeridade e eficiência nos processos decisórios, como liberação de leitos e realização de cirurgias de emergência”, explica Veridiana.
O trabalho da Fiocruz com órgão estadual também resultou na doação de uma série de equipamentos para a estruturação do laboratório, como extrator de ácidos nucléicos de 96 canais, cabines de Biossegurança Classe II; instrumento de PCR em tempo real quantitativo, espectrofotômetro, freezer - 30ºC; centrífugas de bancada e micropipetas. “São equipamentos que nós precisaríamos para estar começando esse trabalho de diagnóstico e também um apoio técnico científico”, destaca a farmacêutica.