SC investiga caso suspeito de 'fungo preto' em paciente que teve Covid-19
Paciente com caso suspeito tem 52 anos e teve diagnóstico de Covid-19 em fevereiro. Estudos vêm sendo realizados para verificar possíveis relações da mucormicose em pacientes com a doença provocada pelo coronavírus
O estado de Santa Catarina monitora na cidade de Joinville, desde a última sexta-feira, 28, um caso suspeito de mucormicose, popularmente conhecida, como 'fungo preto'. O paciente com a suspeita, tem 52 anos e teve diagnóstico confirmado de Covid-19 em fevereiro. Possíveis relações em pacientes de coronavírus com a mucormicose são estudadas.
O homem está sendo acompanhado pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC), através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive). “Assim que tomamos conhecimento do caso, seguimos o protocolo e informamos imediatamente ao Ministério da Saúde, que emitiu um alerta nacional por meio da rede CIEVS dos estados. Além desse procedimento, continuamos acompanhando e prestando apoio ao município de Joinville na investigação do caso”, informou em nota da Dive o superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário.
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Segundo informações do G1 Santa Catarina, o paciente está internado em um hospital particular de Joinville após realizar uma cirurgia. Ele é morador da Zona Norte do município e tem histórico de comorbidades (diabetes mellitus e artrite reumatoide). As notícias sobre o quadro clínico são compartilhadas apenas com o Ministério da Saúde (MS) e com a SES/SC, sem previsão de quando o diagnóstico do homem será confirmado.
A condição, conhecida como mucormicose, tem uma alta taxa de mortalidade e estava presente na Índia antes da Covid-19. É causada pelo fungo Rhizopus spp, que se desenvolve em ambientes úmidos e pode atacar por meio do trato respiratório, podendo erodir as estruturas faciais e prejudicar o cérebro.
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A doença ocorre quando os fungos atacam os sinos nasais ou o pulmão de indivíduos com o sistema imunológico debilitado – entre eles, pacientes ou recém-recuperados de uma infecção com o novo coronavírus.
O quadro clínico
A situação do homem é acompanhada desde março, quando foi cogitada a hipótese do diagnóstico. Em 20 de fevereiro, após apresentar sintomas gripais, um teste confirmou o diagnóstico da Covid-19. No dia 19 de março, ele foi internado. Recebeu alta no dia 4 de abril, após apresentar melhoras da doença.
Devido à complicação metabólica chamada de 'cetoacidose diabética', o paciente apresentou uma condição chamada de celulite facial (infecção grave que pode espalhar-se para outras partes do corpo) que prejudicou a visão dele. Daí o homem passou a ser acompanhado por um especialista. No dia 21 de maio, ele foi internado para realizar um procedimento na última quarta-feira, 26.