Nova variante do coronavírus P.4 é identificada no interior de São Paulo

Nova linhagem é uma variação da B.1.1.28, que deu origem a outras, como a P.1, descoberta em Manaus, a P.2, no Rio de Janeiro, e a P.3, em circulação nas Filipinas, na Ásia

Uma nova variante do coronavírus, identificada de P.4, foi descoberta na cidade de Mococa, no interior de São Paulo. A informação foi anunciada pelo pesquisador da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, João Pessoa Araújo Júnior, nesta terça-feira, 25. A nova linhagem é uma variação da B.1.1.28, que deu origem a outras, como a P.1, descoberta em Manaus, a P.2, no Rio de Janeiro, e a P.3, em circulação nas Filipinas, na Ásia.

Segundo o pesquisador, a nova linhagem está com alta circulação no município de Porto Ferreira, a 81 quilômetros de onde foi localizada, e bem próximo à divisa de São Paulo com Minas Gerais. O patógeno tem a mutação L452R na proteína S, encontrada também na variante originária da Índia e, por isso, preocupa os pesquisadores da Unesp e da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), que também a descobriram.

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De acordo com o portal G1, ela foi identificada no dia 4 de maio, em amostras das cidades de Descalvado e Porto Ferreira, em São Paulo. De acordo com João Pessoa, as análises foram submetidas ao Global Initiative on Sharing All Influenza Data (Gisaid), iniciativa internacional de acesso aberto a informações sobre genomas de vírus influenza e coronavírus. Após as análises, divulgadas nesta terça-feira, 25, constatou-se que a nova linhagem é uma variação da B.1.1.28. No entanto, ainda não é possível saber se a variante tem capacidade de agravamento da Covid-19 ou de letalidade.

Ainda de acordo com Araújo Júnior, o reconhecimento da nova variante é importante, pois mostra que ela está em ascensão. “Em descobertas como essas, nós temos mais perguntas que respostas. Vamos agora fazer novos estudos e estamos preparando uma nova publicação. O reconhecimento de uma nova variante depende de dados epidemiológicos, como esses levantados. Sem dúvidas, ela representa uma adaptação importante para o vírus”, conclui o pesquisador.

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