Flexibilização avança nas macrorregiões de Fortaleza e Sobral, anuncia Camilo
A medida foi tomada nesta sexta-feira, 14, após reunião do Comitê
18:58 | Mai. 14, 2021
Região de Fortaleza e de Sobral avançam na flexibilização, com ampliação do horário de funcionamento das atividades comerciais. Segundo o governador Camilo Santana (PT), a taxa de positividade reduziu significativamente em Fortaleza mas permanece elevada em outros municípios. Por isso, as Regiões de Saúde do Cariri, Sertão Central e Litoral Leste/Jaguaribe continuam com as mesmas restrições.
Conforme o secretário da Saúde, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o dr. Cabeto, há sinais positivos, como a queda na procura assistencial e na positividade dos exames. A medida foi tomada nesta sexta-feira, 14 de maio (14/05), após reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia para analisar os cenários.
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Segundo o secretário, "a taxa de positividade reduziu significativamente em Fortaleza mas permanece elevada em outros municípios". A razão de transmissão encontra-se estável. Ele pontuou ainda que a tendência de redução da letalidade e do número de óbitos também continua, assim como a tendência de redução de atendimentos por Covid-19 nas emergências e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Dr Cabeto pondera que o número de pacientes internados em UTIs ainda é considerado elevado "provavelmente devido ao maior tempo de internação".
No caso das unidades de enfermaria, já é possível observar redução no número de pacientes em internados. "Se nós projetarmos em maio, vamos ter quase 30% de redução de atendimentos, com percentual maior de doentes menos graves. Isso significa que a pressão sobre a rede hospitalar deve cair nas próximas semanas", projetou o secretário. Na primeira onda, a média era de cinco dias de internação. Atualmente, o tempo médio é de 12 dias.
No Ceará, a cada dez exames, quatro ainda tem resultado positivo para a Covid-19. Em Fortaleza, os dados são melhores. "Semana passada, estávamos em torno de 40%. Estamos com 33%", disse.
Com relação à taxa de transmissão do vírus (Rt), o titular da Saúde explicou que há estabilidade em Fortaleza. Quando o número é menor do que um, há "certa tranquilidade" na realidade epidemiológica. "O número é próximo de um no Cariri. Em Sobral, temos números parecidos com Fortaleza. Uma redução maior no Sertão Central mas há manutenção no Litoral Leste/Jaguaribe, que ainda está acima de um", detalhou.
Camilo também demonstrou preocupação pela interrupção da produção da Covoronavac pelo Butantan por falta do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA). O estado deve continuar recebendo doses da vacina d Pfizer mas em lotes menores. Durante a transmissão, ele frisou que o Estado tentou comprar o imunizante da Pfizer mas o processo não ocorreu porque a empresa estava em tratativas com o Brasil.
Após o início da flexibilização do segundo lockdown adotado no Estado, no último dia 12 de abril, o governador Camilo Santana (PT) liberou setores da economia por quatro semanas. O último documento anunciado por Camilo, no dia 7 de maio, contudo, determinou prorrogação do decreto que estava em vigor no Ceará, sem avançar na reabertura.
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Na ocasião, ele explicou que, apesar da tendência de queda do número de casos e de óbitos se manter, alto patamar de internações e aumento na positividade de exames colocaram o comitê científico em alerta. O fim de semana de Dia das Mães foi o primeiro com comércio e restaurantes abertos - a Data é considerada como a segunda mais importante para o varejo brasileiro, atrás apenas do Natal.
Balanço de internações
O Ceará registra 87,7% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados nesta sexta-feira, conforme dados do IntegraSUS, plataforma da Secretaria da Saúde do Estado. Em relação às enfermarias, a taxa de ocupação é de 72,4%. O levantamento leva em conta todas as unidades de saúde que atendem pacientes com Covid-19, tanto da rede pública como privada.
Em Fortaleza, cinco hospitais estão com todas as UTIs ocupadas. Entre eles, o Hospital São José, localizado no bairro Parquelândia, também registra lotação máxima nos leitos de enfermaria. Considerado referência para o tratamento da Covid-19 no Estado, o Hospital Leonardo da Vinci tem 169 dos 175 leitos de UTI ocupados — porcentagem equivalente a 96,6%. (Colaborou: Leonardo Maia)