Consórcio Nordeste vai pedir detalhes sobre decisão da Anvisa que negou Sputnik V
Em março, o Ceará já havia aprovado aquisição de 5,87 milhões de doses do imunizanteO Comitê Científico do Consórcio Nordeste vai pedir o detalhamento sobre a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que rejeitou, por unanimidade, a importação e o uso da vacina russa Sputnik V pelo Brasil nessa segunda-feira, 26.
A informação foi divulgada pelo titular da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), Carlos Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto, nesta terça-feira, 27, em entrevista à Rádio O POVO/CBN. Em março, o Estado já havia aprovado aquisição de 5,87 milhões de doses do imunizante.
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"Vamos analisar junto ao Consorcio Nordeste os detalhes dessa negativa, porque tem algumas coisas importantes que foram colocadas pelos técnicos", explicou.
O secretário acredita ainda que há chances de o processo ser revisto na Anvisa. "Isso tem sido muito comum desde o começo quando se tratam de metodologias diferentes", acrescenta. Segundo Cabeto, o Ceará também procura outras possibilidade para aquisição de imunizantes por meio de diálogo com fornecedores chineses.
Fabricantes russos rebatem Anvisa
O imunizante Sputinik é produzido pelo Instituto Gamaleya, da Rússia. Os diretores da Anvisa se reuniram, de forma extraordinária, para avaliar os pedidos de nove estados para a aquisição da vacina. Em março, governadores do Nordeste anunciaram a compra de 37 milhões de doses da mesma vacina. A partir de então, cresceu a pressão sobre a Anvisa pela aprovação do imunizante, atualmente já aplicado em 61 países.
O perfil oficial da Sputinik no Twitter disse que os "atrasos da Anvisa na aprovação do Sputnik V são, infelizmente, de natureza política e não têm nada a ver com acesso à informação ou ciência." Os fabricantes da vacina russa rebateram falas de diretores e técnicos da Anvisa.
"A Sputnik V compartilhou com a Anvisa todas as informações e documentações necessárias, muito mais do que o utilizado para homologar a Sputnik V em 61 países", disse.
Os atrasos da Anvisa na aprovação do Sputnik V são, infelizmente, de natureza política e não têm nada a ver com acesso à informação ou ciência.