Consórcio Nordeste vai pedir detalhes sobre decisão da Anvisa que negou Sputnik V
Em março, o Ceará já havia aprovado aquisição de 5,87 milhões de doses do imunizante
10:14 | Abr. 27, 2021
O Comitê Científico do Consórcio Nordeste vai pedir o detalhamento sobre a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que rejeitou, por unanimidade, a importação e o uso da vacina russa Sputnik V pelo Brasil nessa segunda-feira, 26.
A informação foi divulgada pelo titular da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), Carlos Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto, nesta terça-feira, 27, em entrevista à Rádio O POVO/CBN. Em março, o Estado já havia aprovado aquisição de 5,87 milhões de doses do imunizante.
"Vamos analisar junto ao Consorcio Nordeste os detalhes dessa negativa, porque tem algumas coisas importantes que foram colocadas pelos técnicos", explicou.
O secretário acredita ainda que há chances de o processo ser revisto na Anvisa. "Isso tem sido muito comum desde o começo quando se tratam de metodologias diferentes", acrescenta. Segundo Cabeto, o Ceará também procura outras possibilidade para aquisição de imunizantes por meio de diálogo com fornecedores chineses.
Fabricantes russos rebatem Anvisa
O imunizante Sputinik é produzido pelo Instituto Gamaleya, da Rússia. Os diretores da Anvisa se reuniram, de forma extraordinária, para avaliar os pedidos de nove estados para a aquisição da vacina. Em março, governadores do Nordeste anunciaram a compra de 37 milhões de doses da mesma vacina. A partir de então, cresceu a pressão sobre a Anvisa pela aprovação do imunizante, atualmente já aplicado em 61 países.
O perfil oficial da Sputinik no Twitter disse que os "atrasos da Anvisa na aprovação do Sputnik V são, infelizmente, de natureza política e não têm nada a ver com acesso à informação ou ciência." Os fabricantes da vacina russa rebateram falas de diretores e técnicos da Anvisa.
"A Sputnik V compartilhou com a Anvisa todas as informações e documentações necessárias, muito mais do que o utilizado para homologar a Sputnik V em 61 países", disse.
Os atrasos da Anvisa na aprovação do Sputnik V são, infelizmente, de natureza política e não têm nada a ver com acesso à informação ou ciência.
— Sputnik V (@sputnikvaccine) April 27, 2021Leia mais
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