Sociedade Brasileira de Bariátrica defende vacinação prioritária de pessoas com obesidade
Segundo a instituição, as doenças associadas a obesidade, como hipertensão e diabetes, podem ser agravantes para a Covid-19
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) defende que a vacinação prioritária dos portadores de obesidade contra a COVID-1 é fundamental. De acordo com a SBCBM, a população com sobrepeso e obesidade faz parte do grupo de risco para desenvolver complicações da doença, incluindo a necessidade de hospitalização para terapia intensiva e para ventilação mecânica.
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Segundo a instituição, a obesidade e suas doenças associadas, como hipertensão e diabetes, são as causas mais comuns de óbitos causados por diversas doenças infecciosas virais, incluindo a infecção pelo novo coronavírus. Conforme artigo publicado pelo cirurgião e ex-presidente da SBCBM, Ricardo Cohen, na Revista Consultor Jurídico, dos 2,5 milhões de mortes por Covid-19 relatadas até o final de fevereiro de 2021, cerca de 2,2 milhões ocorreram em países onde mais da metade da população é classificada como com excesso de peso.
Para Ricardo Cohen, a imunização desse grupo é fundamental para reduzir a sobrecarga dos sistemas de saúde no Brasil. "A vacinação continua sendo uma medida preventiva chave para reduzir a carga de doenças e mitigar surtos futuros, tendo um impacto substancial na redução da incidência, hospitalizações e mortes, especialmente entre indivíduos vulneráveis com comorbidades e fatores de risco associados à Covid-19 grave", afirma o cirurgião.
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A instituição também reforça que priorizar a vacinação desse grupo vem ao encontro do que prevê a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Conforme a lei, uma doença de longo prazo, como é a obesidade, pode se caracterizar como deficiência. Na quarta edição do Plano Nacional de Vacinação, divulgada no dia 15 de fevereiro pelo Ministério da Saúde, todas as pessoas com deficiência estão entre os grupos prioritários que podem receber a vacina.