Alemanha homenageia seus mortos e Israel abandona máscara na via pública

Israel autorizou a população sair às ruas sem máscara. Desde quinta-feira, seu uso é obrigatório apenas nos transportes e em estabelecimentos fechados

A Alemanha prestou várias homenagens, nesse domingo, 18, a seus mortos pela pandemia de Covid-19, a qual já deixou mais de três milhões de mortos no mundo, enquanto os israelenses aproveitam seu primeiro dia sem máscara obrigatória nas ruas.

 

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Com pelo menos 3.011.975 óbitos em todo mundo e 140,6 milhões de casos registrados, de acordo com balanço da AFP desse domingo, baseado com fontes oficiais, a pandemia de coronavírus continua deixando um panorama de fortes contrastes.

 

Na Alemanha, onde a Covid-19 deixou quase 80.000 mortos, a chanceler, Angela Merkel, e o chefe de Estado, Frank-Walter Steinmeier, homenagearam as vítimas na igreja Memorial do kaiser Guilherme II e na Konzerthaus da capital.

 

"É muito importante fazer uma pausa para se despedir com dignidade de todos aqueles que morreram durante a pandemia, inclusive daqueles que não perderam a vida pelo vírus, mas que morreram em solidão", declarou o presidente alemão.

 

No Brasil, que com 371.678 mortos é o segundo país mais afetado pela Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos (566.904 óbitos), são em média 3.000 mortes por dia, ou seja, quase 25% do total de mortes anunciadas diariamente no mundo. Este número é mais do que o dobro do registrado em fevereiro.

 

Em Israel, é permitido andar sem máscara 

 

Israel autorizou a população sair às ruas sem máscara. Desde quinta-feira, seu uso é obrigatório apenas nos transportes e em estabelecimentos fechados.

 

"Estou aliviada. Podemos voltar a viver", comentou Eliana, de 26 anos. "Não dá mais para fingir que não conhece alguém na rua", brincou.

 

Desde dezembro, quase cinco milhões de israelenses (53% da população) receberam as duas doses da vacina, o que corresponde a pelo menos 80% da população acima de 20 anos, segundo dados oficiais do país.

 

Nos últimos dias, Israel registrou em torno de 200 casos diários de Covid-19, muito menos do que os 10.000 do início de janeiro.

 

A campanha de vacinação foi facilitada por um acordo alcançado pelo Estado e pelo gigante farmacêutico Pfizer, que acelerou o fornecimento de doses para o país em troca dos dados médicos dos pacientes sobre os efeitos reais de seu imunizante.

 

Enquanto isso, na Faixa de Gaza, o coronavírus causou um recorde de mortes diárias, 23, totalizando 761 óbitos, indicou o Ministério da Saúde.

 

Índia tem aumento de casos 

 

Na Índia, o coronavírus deixa um rastro muito mais sombrio.

 

Com 1,3 bilhão de habitantes, o país sofre uma onda que já registrou mais de um milhão de casos em uma semana e que está afetando, sobretudo, os jovens, afirmam os médicos.

 

A situação é especialmente preocupante, se for levado em consideração que 65% da população indiana têm menos de 35 anos.

 

"Estamos vendo adolescentes menores de 12 e 15 anos que dão entrada com sintomas nesta segunda onda. No ano passado praticamente não havia crianças", afirmou Khusrav Bajan, especialista no Hospital Nacional P.D. Hinduja de Mumbai e membro do grupo de trabalho sobre Covid-19 do estado de Maharashtra.

 

As autoridades decretaram um confinamento de fim de semana e toques de recolher, enquanto cada vez mais profissionais de saúde demandam a ampliação da campanha de vacinação em massa. No momento, ela se aplica a pessoas acima dos 45 anos.

 

Europa: entre abertura e restrições 

 

Na Europa, os governos tentam encontrar um equilíbrio entre a flexibilização das restrições, para dar um alívio à população, e a prudência, que levou França e Espanha a decretarem, ou prolongarem, quarentenas para viajantes procedentes de determinados países.

 

A França anunciou que estabelecerá uma quarentena obrigatória para todos que chegarem de Brasil, Argentina, Chile e África do Sul a partir de 24 de abril.

 

Já o governo espanhol prolongou a quarentena obrigatória para os passageiros de 12 países, incluindo Brasil, Peru, Colômbia e África do Sul.

 

Na Itália, restrições para escolas e restaurantes começam a ser suavizadas a partir de 26 de abril.

 

Neste domingo, o papa Francisco reapareceu na tradicional janela do Palácio Apostólico com vista para a Praça de São Pedro para pronunciar, em público, sua oração semanal. Desde 21 de março, ela vinha sendo transmitida de sua biblioteca, devido às restrições da pandemia.

 

"Uma cordial saudação a todos vocês, romanos e peregrinos brasileiros, poloneses e espanhóis (...). Graças a Deus, podemos nos reencontrar neste lugar para nossa reunião dominical", lançou o papa, sorrindo, perante fiéis e peregrinos.

 

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