Covid: Ministério Público pede explicações sobre destino de sobras de vacinas em Fortaleza

Objetivo é que a Capital seja transparente com o processo de imunização contra a doença, inclusive, informando à população o que é feito com as vacinas que sobram

17:10 | Abr. 16, 2021

Por: Mirla Nobre
PROMOTOR do MPCE afirma que golpe do fura-fila ficou mais fácil de ser identificado, mas quantidade de denúncias segue em alta (foto: JULIO CAESAR)

O destino das vacinas contra a Covid-19 que sobraram durante a campanha de imunização em Fortaleza deverá ser explicado ao Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). A 138ª Promotoria de Justiça da Capital oficiou nesta sexta-feira, 16, à Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS) informações sobre o procedimento adotado no município para utilização da sobra de vacinas contra a doença. A pasta tem um prazo de 10 dias para retornar ao órgão com os esclarecimentos.

O Ministério Público pede ainda que a Prefeitura de Fortaleza esclareça o controle das vacinas que sobram em cada um dos pontos de vacinação da Capital. Também deverá ser enviado uma lista detalhada dos últimos 10 dias contendo as pessoas que receberam as vacinas remanescentes de Covid-19 nos polos de imunização.

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De acordo com a promotora de Justiça Ana Cláudia Uchoa, da 138ª Promotoria de Justiça de Fortaleza, a solicitação do MPCE tem como intuito continuar acompanhando a vacinação na Capital. O objetivo é que o município de Fortaleza seja transparente com o processo de imunização contra a Covid-19, inclusive, informando à população o que é feito com as vacinas que sobram.

Cearenses não voltaram para segunda dose da vacina

O total de 54.220 mil pessoas no Ceará que receberam a primeira dose das vacinas Coronavac ou AstraZeneca contra Covid-19 não se dirigiram aos postos de saúde para completar a imunização. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde na última terça-feira, 13.

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Uma lista divulgada pela pasta revela que a maioria dos atrasos no Ceará são equivalentes aos que receberam a imunização pela vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, com 54.195 pessoas em déficit. Em relação a vacina produzida em parceria com a Fiocruz, AstraZeneca, 25 pessoas ainda não completaram a imunização. No cenário nacional, cerca de 1,5 milhão de brasileiros se enquadram na situação.