Covid-19: Ceará registra aumento de 10,8% em casos confirmados e 35,6% nos óbitos em uma semana

Em 2021, o tempo da evolução da doença até o óbito foi de 6,8 dias, em média, considerando a data de início dos sintomas

20:05 | Mar. 12, 2021

Por: Mirla Nobre
Até o momento, a taxa média de ocupação das enfermarias Covid está em 28,31% (foto: BARBARA MOIRA)

O Ceará registrou aumento de 10,8% de novos casos da Covid-19 e 35,6% de óbitos da doença, entre os dias 28 de fevereiro e 6 de março, período correspondente à Semana Epidemiológica (SE) 9. Os números representam 8.013 novos casos e 274 óbitos. O Estado já registrou 12.175 mil mortes pelo novo coronavírus durante a pandemia. As informações são do boletim epidemiológico semanal publicado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), nesta sexta-feira,12. Até hoje, o número de pessoas vacinadas chega a 559.890 no Ceará.

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Em 2021, o tempo da evolução da doença até o óbito foi de 6,8 dias, em média, considerando a data de início dos sintomas. Os óbitos ocorreram, na sua maioria (71,4%), em pessoas de 60 anos ou mais e no sexo masculino (54,2%), 73,8% apresentavam doenças crônicas pré-existentes, uma (0,06%) gestante e duas (0,12%) puérperas. Além disso, foram registradas 91 mortes por Covid-19 em casa.

Conforme o boletim, até o dia 27 de fevereiro, ocorreram, em média, 20 óbitos (mínimo 8 e máximo 38) de Covid-19 por dia. Os meses de janeiro e fevereiro registraram médias diárias de 16,3 e 24,3 óbitos, respectivamente. O dia 23 de fevereiro registrou o maior número de ocorrências, com 38 (3,3%) óbitos. Os primeiros quinze dias de fevereiro apresentaram um aumento de 41,2% na média móvel de óbitos, observando-se uma aceleração a partir do dia 19 do mês anterior.

Na SE 9, em Fortaleza, o aumento foi de 15,4%, com 5.932 casos confirmados da doença. Em relação aos óbitos, a alta na Capital foi de 33,8%, com 202 vidas perdidas. Além da Capital, a Região Metropolitana e algumas regiões do Interior registraram acréscimo de confirmações.

De acordo com o informe, 13 Áreas Descentralizadas de Saúde (ADS) do Estado tiveram aumento de óbitos entre a SE 5 a 8: Fortaleza (63%), Caucaia (134,8%), Maracanaú (750%), Itapipoca (25%), Aracati (150%), Quixadá (750%), Limoeiro do Norte (140%), Acaraú (100%), Tauá (100%), Camocim, Icó (33,3%), Iguatu (433,3%) e Cascavel (50%) apresentaram aumento de óbitos no mesmo período.

A queda no número de casos se deu em cinco ADS: Limoeiro do Norte (27,1%), Tauá (34,7%), Crateús (14,5%), Icó (0,6%), Crato (19,8%). Já no número de óbitos, nove ADS registraram queda: Baturité (75%), Canindé (50%), Russa (63,6%), Sobral (5,9%), Tianguá (20%), Crateús (50%), Brejo Santo (20%), Crato (20%) e Juazeiro do Norte (27,3%).

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Cenário de Fortaleza

A média diária de casos em fevereiro foi a maior desde o início da pandemia. O maior valor da média móvel na segunda onda epidêmica, total de 850,3 casos, já representa 87% da que foi registrada no primeiro pico da pandemia, em maio, com 973,3 casos. Em relação à média diária de óbitos em março, está acima de 22 mortes. Em comparação ao mês de janeiro, é registrado um aumento de 200%.

O cenário do município já é considerado de moderada a alta mortalidade. O pico da média móvel nesta segunda fase da pandemia foi de 30,3% no dia 8 de março. O cenário epidemiológico sugere uma longa segunda onda epidêmica.

A proporção de positividade das amostras (RT-PCR) de residentes de Fortaleza analisadas pelos laboratórios que apoiam a rede pública - Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen-CE) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) - aumentou para 38% entre os dias 5 e 11 de março de 2021.