Ceará entra na fase 3 do plano de contingência da pandemia: veja o que muda

O plano desenvolvido pela Secretaria da Saúde define ações para combater a pandemia no Estado de acordo com a gravidade do cenário

13:36 | Fev. 28, 2021

Por: Miguel Araujo
Quixeramobim apresenta o maior número de ocupação (foto: CARLOS GIBAJA/ GOV. DO CEARA)

Os recentes decretos anunciados pelo governo estadual demonstram a situação em que o Ceará se encontra diante da pandemia do novo coronavírus. O aumento diário do número de infectados, de óbitos e de internações em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por Covid-19 põe o Estado na terceira fase do Plano de Contingência de Enfrentamento à Pandemia. Segundo balanço atualizado às 13h02min deste domingo no IntegraSUS, plataforma da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), a taxa de ocupação de leitos de UTI no Ceará é de 91,35%. Em Fortaleza, o dado chega a 94,85%.

O plano desenvolvido pela Sesa propõe ações que deverão ser realizadas para combater a pandemia por meio de cinco fases, que são ativadas ou reativadas de acordo com a quantidade de casos confirmados e de óbitos por Covid-19. Identificada como “Emergência em Saúde Pública”, a terceira etapa busca reduzir a intensidade de epidemia e retardar o aumento de casos no Ceará.

Para alcançar esses objetivos, o plano indica, nessa etapa, a adoção de ações mais rígidas como reativação de hospitais de campanha e postos de atendimento médico, ampliação de leitos de UTIs, restrição de atividades econômicas e comportamentais, uso de barreiras sanitárias e fechamento de fronteiras. Além dessas medidas é preciso, segundo o documento, garantir o fornecimento estável de mercadorias e seus preços para “o bom funcionamento da sociedade”.

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Os cinco níveis que pertencem ao Plano de Contingência aumentam a intensidade das ações de combate à pandemia conforme a gravidade dos cenários epidemiológicos vigentes. A fase 2, por exemplo, é caracterizada como “Estado de atenção”, etapa em que ocorre a ampliação da comunicação com a população e profissionais de saúde e em que “as ações da vigilância epidemiológica dedicam-se ao aperfeiçoamento da identificação de contatos (rastreamento e monitorização), testagem em massa e o isolamento de casos confirmados e casos suspeitos”.

Portanto, é possível observar o dinamismo que existe no plano, como observa Magda Almeida, secretária executiva de Vigilância e Regulação da Sesa: "O plano de contingência foi atualizado recentemente com a expansão de novos leitos e é muito dinâmico, assim como as fases são. Nós estamos entrando na fase de mitigação em que o grande objetivo é reduzir mortalidade, já que existe transmissão comunitária intensa da doença".