Restrições sociais reduzem 77% da circulação da Covid-19, diz Oxford
O estudo concluiu que algumas medidas são mais efetivas que outras. Limitar o número de pessoas reunidas para 10 pessoas é mais eficiente que fechar restaurantes e outros estabelecimento de alimentação fora do lar, por exemplo
22:00 | Fev. 25, 2021
Restrições sociais reduziram em até 77% o nível de transmissão da Covid-19, de acordo com estudo da revista Science conduzido em 41 países. A pesquisa analisou medidas tomadas pelo poder público que podem ser mais ou menos efetivas para frear a circulação do vírus. Não foram considerados dados do Brasil.
O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade de Oxford, concluiu que o fechamento de escolas e universidades é considerado uma das medidas efetivas contra a circulação do vírus. O mesmo também acontece para a limitação de reuniões de até 10 pessoas ou menos, em que a circulação foi reduzida em até 60%.
O fechamento de restaurantes e outros estabelecimentos de alimentação fora do lar, como bares e boates, tem impacto na redução apenas de baixo para moderado, de acordo com o estudo — a média foi de 18% de redução da circulação. Quando isso se soma a não permissão do funcionamento de outros estabelecimentos não essenciais há efeito um pouco mais efetivo, de 27%.
A pesquisa concluiu que tomando medidas econômicas e restritivas ao comportamento social, alguns países conseguiram controlar a pandemia sem precisar fazer medidas chamadas de “lockdown” ou toque de recolher. Nesses casos, as pessoas são proibidas de deixar suas residências para atividades que não sejam essenciais.
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Para a análise, foram excluídos países com grandes proporções territoriais, como os Estados Unidos e a China, devido à dificuldade de acompanhar a evolução total de casos e as medidas tomadas em cada momento da pandemia. Também não foram analisados países com menos de 100 casos ou 10 mortes. Dos 44 territórios, 33 são europeus. Os dados do Brasil não foram analisados, de acordo com o UOL.