Sincofarma espera oferecer vacina Sputnik V em até três meses nas farmácias do Ceará
Maurício Filizola, diretor do sindicato, também afirmou que procurou na sexta-feira, 5, a Secretaria da Saúde de Fortaleza para oferecer espaços e profissionais de farmácias da Cidade para a vacinação em massaO diretor do Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma-CE), Maurício Filizola, informou ao O POVO neste sábado, 6, que está em negociação com a União Química Farmacêutica Nacional, já parceira do sindicato, para o acesso a doses da vacina russa Sputnik V. O laboratório brasileiro protocolou, no dia 15 de janeiro, junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o pedido para uso emergencial do imunizante no Brasil com a liberação para 10 milhões de doses. A expectativa é que, entre dois e três meses, as farmácias do Ceará já possam estar com a vacina disponível.
Quanto aos valores a serem cobrados por dose, o Sincofarma-CE diz que ainda não tem como prever. "Serão valores que possam ajudar a população de forma justa. Temos o nosso papel social. É uma ajuda para o próprio Governo", defende Filizola. Para o dirigente, as negociações vêm andando até rápido para a liberação da vacina russa no Brasil. "Estamos em constante contato com a União Química. Essa aproximação entre varejo e atacado facilita essa comercialização", acrescenta.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Na sexta-feira, 5, site do Ministério da Saúde também confirmava reunião da Anvisa com o laboratório União Química. O objetivo foi acompanhar e trocar informações com o laboratório sobre o desenvolvimento da vacina Sputnik V. "Durante o encontro os representantes da União Química indicaram que vão avaliar qual será a estratégia para trazer a vacina para o Brasil, considerando a atualização recente do Guia de Uso Emergencial que permitiu o pedido com estudos de fase 3 de fora do Brasil. Esse tipo de encontro faz parte da estratégia que a Anvisa tem adotado com todas as empresas que pretendem ter vacinas autorizadas no Brasil", esclarecia o comunicado na página oficial.
Em entrevista, Maurício Filizola também afirmou que procurou na sexta-feira, 5, a Secretaria da Saúde de Fortaleza para oferecer espaços e profissionais de farmácias da Cidade para a vacinação em massa.
"As farmácias brasileiras vêm trabalhando de forma geral, buscando o seu espaço de atendimento farmacêutico. Temos salas que estão preparadas para atender, prontas para aplicações de vacinas. [Ainda] profissionais já capacitadas, com geladeiras já prontas para esse fim."
Com toda a estrutura posta por Filizola, a defesa do Sincofarma é que seria viável traçar uma parceria entre farmácias e iniciativa pública para agilizar o processo de vacinação da população. "Podemos oferecer esse serviço cumprindo, claro, todas as exigências, seguindo a regulamentação. Existem sistema de controle de notificação. Tudo isso teríamos que estar seguindo", explica Filizola. Ele afirma ainda que o sindicato está aberto a oferecer o apoio à vacinação sem custos para os órgãos da Saúde. "[A busca] é por mais segurança para nossos empregados, empresários e de retorno rápido da economia", finaliza.
Segundo a secretária da Saúde de Fortaleza, Ana Estela Leite, presente neste sábado no Cuca José Walter, ponto de vacinação, já existe diálogo entre as secretarias da saúde e o sindicato. "Há esse diálogo tanto da Secretaria da Saúde do Estado como da Secretaria Municipal de Fortaleza, mas é um diálogo que ainda precisa ser amadurecido. A gente precisa ter um número maior de idosos [vacinados] para a gente avançar nas fases [de vacinação]." (colaborou Ítalo Cosme)