Cearenses treinam profissionais do Amazonas para uso do Elmo em pacientes de Covid-19
Desenvolvido no Ceará, o mecanismo de respiração artificial não invasivo pode ser utilizado por pacientes de baixa e média complexidade e pode reduzir em até 60% a necessidade de intubação
14:33 | Jan. 31, 2021
Três cearenses serão responsáveis pelo treinamento de profissionais de saúde de Manaus para uso do capacete Elmo em pacientes com insuficiência respiratória acometidos pela Covid-19. Neste domingo, 31, as instrutoras da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) embarcam para a capital amazonense.
Uma enfermeira e duas fisioterapeutas que já receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19 vão passar cinco dias em Manaus realizando a instrução. A meta é capacitar, pelo menos, 30 profissionais da linha de frente da Covid-19 selecionados pela própria Secretaria da Saúde da capital do Amazonas, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e engenheiros clínicos dos principais hospitais públicos locais que recebem pacientes com a doença.
LEIA MAIS | Capacete criado no Ceará para o tratamento da Covid-19 é aprovado pela Anvisa
LEIA MAIS | Paciente de 70 anos recebe alta após tratamento com capacete de respiração assistida
A formação será realizada em Manaus a partir de segunda-feira, 1º de fevereiro. O processo é semelhante ao que está sendo desenvolvido no Ceará desde dezembro de 2020. Cerca de 180 profissionais de saúde já foram treinados no Estado.
O capacete
Com um mecanismo de respiração artificial não invasivo, o Elmo pode ser utilizado por pacientes de baixa e média complexidade e pode reduzir em até 60% a necessidade de intubação, evitando também a internação em uma UTI.
O fluxo de oxigênio entra no capacete por meio de uma válvula que abastece uma jarra de umidificação de ar. Este umidificador joga o fluxo de oxigênio para dentro do capacete, passando neste momento por uma filtragem. O Elmo tem internamente uma pressão positiva, que induz o fluxo de ar para dentro do paciente.
Quando o paciente solta o ar de volta, ele vem com gás carbônico contaminado. Para evitar a infecção da equipe de médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, o ar é filtrado ao sair pelo ramo de expiração.