Com hospital preparado, Ceará ainda não recebeu pacientes transferidos de Manaus
Hospital da UFC já está pronto para receber quatro pacientes e aguarda Minstério da Saúde, que segue sem previsão
14:34 | Jan. 19, 2021
O Ceará ainda não recebeu pacientes transferidos de Manaus até esta terça-feira, 19. Conforme o Ministério da Saúde, o Estado disponibilizou quatro leitos para pacientes do Amazonas. Desde a última quarta-feira, 14, a capital amazonense vive crise na saúde frente a falta de oxigênio para atender as demandas médicas.
Conforme o Ministério, ainda não há previsão para a vinda dos indivíduos para o Ceará. O transporte depende da "disponibilização de aeronaves em Manaus para o transporte e de equipes para receber os pacientes na chegada no Ceará", informou a pasta ao O POVO.
O Hospital Universitário Walter Cantídio, unidade da Universidade Federal do Ceará (UFC) filiada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), é que deve receber os quatro pacientes, a priori. No local, os quatro leitos de enfermeira de isolamento, dois femininos e dois masculinos, já estão à disposição.
Os leitos estão equipados com camas elétricas, filtros HEPA (tecnologia empregada em filtros de ar com alta eficiência na separação de partículas), monitores multiparamétricos, bombas de infusão, pontos de oxigênio e de ar comprimido, ventiladores mecânicos e material para ventilação não-invasiva. Para tanto, profissionais multidisciplinar, como da medicina, enfermagem, fisioterapia, psicologia, serviço social, nutrição , estarão disponíveis para o atendimento.
O HUWC teve de adequar processos internos com o apoio da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), que adaptou fluxos, reforçou treinamentos e orientou em relação às demais medidas de segurança hospitalar. No total, o governo do estado do Amazonas solicitou a transferência de 750 pacientes na última semana.
Em portaria, o Governo Federal autorizou a ampliação do programa Mais Médios, com mais 72 vagas, em Manaus. A decisão foi assinada pelo ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, no Diário Oficial da União. A justificativa para a medida ocorre com caráter "emergencial e temporário" em decorrência da "situação de emergência ocasionada pela pandemia do novo coronavírus (Covid0-19), como trouxe a Folha de S. Paulo.