Ministério da Saúde confirma dois casos de reinfecção pela nova cepa da Covid-19 no Brasil

Dois casos de reinfecção pela nova cepa do coronavírus já foram confirmados no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde (MS). Um dos diagnósticos ocorreu no Amazonas, no dia 12 de janeiro, identificado pela Fiocruz em uma mulher de 29 anos com sintomas leves, sendo a variante do próprio estado. O outro foi na Bahia, com mutação originária da África do Sul. Os casos são monitorados pelo MS, pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A mulher de 29 anos no Amazonas, estado que sofre com avanço de casos de pessoas morrendo por falta de oxigênio, foi diagnosticada primeiramente em 29 de de março de 2020, e teve um novo positivo no dia 30 de dezembro do mesmo ano. "A segunda análise realizada mostrou um padrão de mutações, compatível com a variante do vírus SARS-CoV-2, identificada recentemente pelo Ministério da Saúde do Japão, mas de origem no Amazonas", explica nota do MS.

Casos foram analisados em rotina de vigilância epidemiológica da Opas e da Rede do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Cievs). "O Ministério da Saúde recomendou aos estados, Distrito Federal e municípios o contínuo fortalecimento das atividades de controle da Covid-19, a ampliação do sequenciamento de rotina dos vírus SARS-CoV-2, a investigação de surtos e o rastreamento de contatos de todo caso de Covid-19".

Reinfecções no País

Além das reinfecções pela nova Cepa, o Brasil já confirmou outros três casos de reinfecção de linhagens do vírus já circulantes em território nacional: uma em São Paulo, uma no Rio Grande do Sul e uma no Rio Grande do Norte. O MS informa que recebe, inclusive, "diversas notificações" de casos suspeitos de reinfecção, mas que acabam não cumprindo o requisito necessário para entrar na classificação.

"Um caso de reinfecção da Covid-19 exige que o indivíduo apresente dois resultados positivos de RT-PCR em tempo real para o vírus SARS-CoV-2, com intervalo igual ou superior a 90 dias entre os dois episódios de infecção respiratória, independente da condição clínica observada nos dois episódios", diz o MS.