Fornecedora de oxigênio do Amazonas pretende importar da Venezuela

Em nota, a White Martins declara sua intenção de selar parceria internacional para abastecer os hospitais amazonenses

23:51 | Jan. 14, 2021

Por: Redação O POVO
Paciente sendo transportado em unidade hospitalar de Amazonas, onde demanda por oxigênio hospitalar cresceu cinco vezes nos últimos 15 dias (foto: Michael Dantas/AFP)

Um estoque de oxigênio hospitalar pode ser trazido da Venezuela para abastecer o Amazonas por meio da empresa White Martins, que comunicou em nota nesta quinta-feira, 14, sua tentativa de viabilizar a importação. A empresa é a principal fornecedora do químico no Estado e afirmou que “já identificou a disponibilidade de oxigênio em suas operações na Venezuela”. Com as fronteiras terrestres fechadas devido à pandemia, a administração bolivariana precisará permitir a realização de um voo com a carga de cilindros, caso a parceria saia do papel. As informações são do Estadão.

LEIA MAIS | Camilo diz que CE está "à disposição" para ajudar no colapso em Manaus

Com apoio das Forças Armadas e de governos estaduais, a White Martins confirma uma “grande operação por vias fluvial e aérea” a fim de movimentar oxigênio disponível em outras regiões brasileiras para o Amazonas. A demanda do Estado aumentou cinco vezes nos últimos 15 dias e alcançou o número de 70 mil metros cúbicos por dia, segundo a empresa.

LEIA MAIS | "Oxigênio acabou e hospitais de Manaus viraram câmara de asfixia", diz pesquisador da Fiocruz-Amazônia

A colaboração pode ser impedida pelo governo de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, por causa das relações distantes entre os países, cujo afastamento político começou ao fim do governo Dilma Rousseff. Desde 2019, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem se distanciado mais da Venezuela; ele é responsável pelo fechamento de representações diplomáticas e pela cassação do status diplomático de representantes de Maduro em Brasília.