Vacina Oxford/AstraZeneca tem 2 milhões de doses para importação aprovadas pela Anvisa
Responsável pela distribuição, Fiocruz espera que vacinação comece ainda em janeiro no BrasilA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, no último dia de 2020, a importação de dois milhões de doses da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, que tem fabricação e distribuição no Brasil sob responsabilidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O laboratório tem expectativas de que a vacinação seja iniciada ainda em janeiro no País.
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Com importação aprovada desde 31 de dezembro, a Fiocruz deverá solicitar uso emergencial da vacina à Anvisa para aplicação em grupos restritos pelo SUS, como profissionais de saúde ou idosos. A agência reguladora espera avaliar pedidos emergenciais em até dez dias. O processo pode ser facilitado devido ao aval já garantido pelo Reino Unido, que autorizou o uso emergencial do imunizante em questão em 30 de dezembro, em regime de aplicação de duas doses completas, com intervalo de um a três meses.
Até que seja concedido o uso emergencial da vacina, a Fiocruz é responsável por garantir as condições de armazenamento e segurança para manutenção da qualidade do produto, conforme recomendação da Anvisa. Para o Ministério da Saúde, a melhor das hipóteses é que a vacinação comece em 20 de janeiro. A vacina que será fabricada na Fiocruz é a aposta da gestão de Jair Bolsonaro (sem partido) contra a Covid-19. A proposta é distribuir 210,4 milhões de doses em 2021, que serviriam para imunizar mais de 105 milhões de pessoas.
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A médica responsável por coordenar o estudo clínico da vacina no Brasil, Lily Yin Weckx, afirmou em entrevista ao jornal Estado de São Paulo que a média de eficácia do imunizante, em um curto intervalo de tempo, é de 70%. No entanto, o dado tem sido questionado por especialistas, devido a falta de transparência na divulgação dos dados dos testes clínicos e um erro de dosagem que levou a dois resultados de eficácia desta vacina. O índice apontou 62% de eficácia quando aplicação foi feita com duas doses completas, e 90% com meia dose seguida de outra completa.
O governo investiu cerca de R$ 2 bilhões para a compra de doses e transferência de tecnologia para a Fiocruz. No plano nacional de imunização, o Estado prevê aplicar doses desta vacina em cerca de 50 milhões de brasileiros de grupos prioritários ainda no primeiro semestre.