Teve Covid-19? Ida ao cardiologista é recomendada antes de retomada de exercícios físicos

Documento orienta que pacientes que tiveram Covid-19 - seja de forma grave ou não - devem realizar exames prévios antes da prática de atividades. Motivo está ligado a possíveis aumentos de inflamações no corpo humano após contágio pelo novo coronavírus. Entretanto, estudos precisam ser mais detalhados.

Após a infecção pela Covid-19, estudos apontam para diversas sequelas como perda da libido e alterações no olfato e paladar. Atentas aos pós-pandemia, a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) lançaram um documento com orientações para o retorno de atividades físicas após o contágio.

As recomendações trazem dicas tanto para atletas quanto para o público geral. Dentre os pontos, a consulta com um cardiologista antes do início das atividades é um dos principais. Com a visita, é recomendável que exames cardiológicos sejam realizados no paciente para averiguar possíveis alterações.

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Durante uma atividade física, é normal que o coração fique mais acelerado em atividades devido ao bombeamento de sangue aos músculos. Entretanto, algum dano pode trazer um mal funcionamento do órgão. "É sabido que podem existir sequelas que afetam desde o desempenho físico destes indivíduos até a maior ocorrência, de morte súbita durante o exercício", pontuam os especialistas. "Entre as doenças adquiridas, destacam-se a doença arterial coronariana obstrutiva e a miocardite, esta principalmente em jovens".

Segundo o estudo, isso acontece como a terceira fase de um processo de adoecimento: primeiramente, há a infiltração da doença e sua replicação viral no corpo; logo vem a fase pulmonar, caracterizada por comprometimentos na parte respiratória do corpo; e para tentar lidar com o patógeno, o corpo apresenta um aumento na produção de anticorpos, o que define a fase de hiperinflamação.

Para casos de pacientes que tiveram quadro grave de Covid-19, outros exames complementares são recomendados, como a dosagem de níveis séricos de troponina, teste ergométrico ou cardiopulmonar de exercício, ecodopplercardiograma e ressonância magnética cardíaca. Ainda, para evitar a transmissão e manter baixa a curva da doença, é preciso esperar ao menos 14 dias sem apresentar sinais da doença antes de se aventurar a voltar aos exercícios.

Caso esteja tudo bem nos exames, a volta da atividade física é recomendada. Entretanto, em caso de alterações, é melhor esperar mais um pouco. Em entrevista à BBC Brasil, a médica Cléa Simone Colombo, representante da SBC e uma das autoras do documento recém-lançado, cita que o paciente precisa ficar entre três e seis meses de repouso. Durante o intervalo, é recomendável fazer algumas reavaliações no meio-tempo para verificar a evolução do quadro clínico.

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Ainda não se sabe qual a relação do novo coronavírus com doenças cardiovasculares, mas os óbitos por essas doenças aumentaram em 2020. Isabela Takakura, cardiologia do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) e professora de Medicina na Universidade de Fortaleza (Unifor), já explicou anteriormente que há uma relação direta entre as infecções virais e reações inflamatórias no sistema cardiovascular, pois a ação libera substâncias que podem ocasionar em inflamações no músculo do coração.




 

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