Brasileiro que participava dos testes da vacina de Oxford morre após complicações da Covid-19

A vítima era um médico de 28 anos, que residia no Rio de Janeiro

Um dos voluntários brasileiros que participava dos testes da vacina de Oxford morreu devido a complicações da Covid-19. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 21, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que disse ter sido notificada sobre a ocorrência há dois dias.

Segundo o comunicado, a vítima era um médico que residia no Rio de Janeiro e tinha 28 anos. Procurada pelo O POVO, a entidade não confirmou se o voluntário estava sendo tratado com a vacina ou se havia recebido o placebo - medicamento sem o imunizante.

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"Segundo regulamentos nacionais e internacionais de Boas Práticas Clínicas, os dados sobre voluntários de pesquisas clínicas devem ser mantidos em sigilo, em conformidade com princípios de confidencialidade", destacou o órgão em nota.

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No entanto, uma fonte ligada ao consórcio responsável pelos testes informou à equipe de reportagem da revista Veja que o homem estava recebendo o placebo durante o estudo, não o imunizante. O placebo utilizado nos testes, ainda segundo revista, é a vacina meningocócica.

O imunizante de Oxford é atualmente um dos mais promissores na luta contra a doença e, no Brasil, está sendo desenvolvido mediante parceria entre a o laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford. Em julho deste ano, teve início a fase três do estudo, que verifica a eficácia do imunizante por meio do “monitoramento de voluntários”.

Apesar do ocorrido, o Comitê Internacional de Avaliação de Segurança sugeriu que estudo tivesse continuidade. No entanto, de acordo com nota da Anvisa ao O POVO, o processo " permanece em avaliação".

Confira nota na íntegra

Em relação ao falecimento do voluntário dos testes da vacina de Oxford, a Anvisa foi formalmente informada desse fato em 19 de outubro de 2020. Foram compartilhados com a Agência os dados referentes à investigação realizada pelo Comitê Internacional de Avaliação de Segurança.

É importante ressaltar que, com base nos compromissos de confidencialidade ética previstos no protocolo, as agências reguladoras envolvidas recebem dados parciais referentes à investigação realizada por esse comitê, que sugeriu pelo prosseguimento do estudo. Assim, o processo permanece em avaliação.

Portanto, a Anvisa reitera que, segundo regulamentos nacionais e internacionais de Boas Práticas Clínicas, os dados sobre voluntários de pesquisas clínicas devem ser mantidos em sigilo, em conformidade com princípios de confidencialidade, dignidade humana e proteção dos participantes.

A Anvisa está comprometida a cumprir esses regulamentos, de forma a assegurar a privacidade dos voluntários e também a confiabilidade do país para a execução de estudos de tamanha relevância.

A Agência cumpriu, cumpre e cumprirá a sua missão institucional de proteger a saúde da população brasileira.

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