Medição de temperatura, uso de máscara e horários alternados: saiba o protocolo de retomada de aulas no Ceará

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) divulgou documento com orientações sobre condições sanitárias, organização de espaços e indicações para a saúde de alunos e professores nesta terça-feira, 22

19:52 | Set. 22, 2020

Por: Matheus Facundo
ENSINO INFANTIL está autorizado a funcionar com 35% da capacidade desde o dia 1º de setembro (foto: Fabio Lima)

Com quatro fases, sendo uma de transição, o retorno gradual das aulas presenciais do Ceará ocorre a partir do próximo dia 1º de outubro e conta com protocolo específico de retomada para oferecer segurança a alunos, responsáveis, professores e funcionários. O documento foi divulgado nesta terça-feira, 22, pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) com orientações sobre condições sanitárias, uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e organização de acesso e permanência nas instituições, entre outras.

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De acordo com o Governo do Estado, que anunciou o início da volta das atividades presenciais de ensino no último sábado, 19, as prefeituras de cada município têm autonomia para regulamentar o seu próprio plano de retomada a partir da data oficializada para a retomada gradual. Sobre as fases, a etapa de transição terá um período de no mínimo sete dias e as demais etapas serão de 14 dias. A modalidade remota deve continuar sendo oferecida como opção às famílias.

A partir do retorno, cada instituição de ensino deve estimular que pais ou responsáveis verifiquem a temperatura corporal dos estudantes antes de sair de casa, devendo o aluno não sair se a temperatura estiver acima de 37.5°C. O mesmo deve ser feito obrigatoriamente na entrada dos locais de ensino, não só em estudantes, como prestadores de serviços, terceirizados, fornecedores, responsáveis ou cuidadores. O acesso sem uso o devido de máscaras deve ser vedado.

As turmas e horários de intervalos devem ser reorganizados para evitar aglomerações e garantir que alunos possam cumprir o distanciamento de 1,5 metros. Instituições devem organizar rodízio para que a quantidade de alunos ao mesmo tempo nos locais estejam de acordo com os limites estabelecidos em cada etapa de retorno prevista. O protocolo aponta ainda que é necessário garantir, "ao máximo", que apenas alunos da mesma turma se relacionem, evitando aglomerações de estudantes na áreas comuns.

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Quantos as atividades curriculares, é recomendado que seja suspensa a troca de sala de aula durante o turno escolar, exceto quando seja para aulas práticas em laboratórios. Refeições devem ser feitas nas próprias salas ou com uso escalonado do refeitório, que deve ser devidamente higienizado entre a troca de turmas.

Transporte

O documento, que conta com 63 páginas, dispõe de seção voltada para o transporte. O Governo do Estado sugere que os estudantes se desloquem separadamente ou apenas na presença de responsáveis ou familiares que habitem na mesma residência. Caso não seja possível, é necessário proporcionar também a utilização de horários alternativos de entrada e saída nas instituições para que os alunos evitem aglomerações em transportes públicos, especialmente em horários de pico.

No caso do uso do transporte escolar privado, recomenda-se atentar para medição da temperatura, redução de pessoas por veículos, uso da máscara e desinfecção constante do meio de transporte. As instituições devem manter comunicação constante com as empresas de transporte escolar particular, a fim de acompanhar o cumprimento das normas de segurança sanitária.

Para o transporte fornecido pela própria escola, é preciso manter a ventilação natural dentro dos carros, com abertura de todas as janelas e desinfecção regular dos assentos e demais superfícies que são frequentemente tocadas. Limpeza é para ser feita com solução com hipoclorito de sódio 2%, preparados alcoólicos e/ou outros sanitizante.

Veja outras orientações presentes no protocolo:

Suspender os controles de acesso que exijam contato manual dos colaboradores e alunos, tais
como controle biométrico, assinatura de ponto e digitação de senhas de entrada.

Orientar os profissionais e alunos que devem evitar excessos ao falar, tocar o rosto, nariz, boca e
olhos durante suas atividades.

Proibir a realização de excursões e atividades externas à instituição, com exceção dos estágios.

Estruturar um sistema de triagem ágil de verificação e desinfecção pelo qual todas as pessoas que entrarem na instituição de ensino deverão passar.

Obrigatória higienização de mãos com álcool em gel 70% e calçados em soluções sanitizantes. No caso de crianças menores de 5 anos, é recomendado priorizar a lavagem das mãos com água e sabonete devido aos riscos de intoxicação.

Durante a triagem ágil de verificação e desinfecção, estimular a higienização de bolsas e objetos com solução desinfetante.

Adicionar barreiras físicas, como telas flexíveis
de plástico, ou intercalar a utilização dos espaços, tal como as pias dos banheiros, quando as estruturas não permitem distanciamento mínimo de 1,5 metro (um metro e meio) de distância.

Restringir o uso de elevadores a 1/3 (um terço) de sua capacidade e priorizar seu uso apenas por pessoas com dificuldades de mobilidade. Realizar a higienização frequente dos botões de acionamento.

Adaptar bebedouros para uso somente como forma de encher garrafas pessoais.

Testagem

Garantir que os profissionais, os pais e responsáveis entendam que precisam estar preparados e
dispostos a:

a) Agendar testes de RT-PCR se eles estiverem exibindo sintomas;
b) Todas as crianças podem ser testadas, incluindo crianças menores de 5 anos;
c) Os funcionários e os alunos não devem entrar na instituição se tiverem sintomas gripais e
devem ser enviados para casa para se autoisolarem se os desenvolverem na instituição de
ensino;