Supermercado implementa "Cabine de Luz Ultravioleta" para higienização de compras e novidade pode chegar ao Ceará
No momento, a Cabine de Luz Ultravioleta está disponível nas lojas Carrefour de Osasco, Pamplona, Jundiaí e Pinheiros, em São Paulo. A rede está avaliando a implementação em outras lojas e fazendo a instalação delas aos poucosUma "Cabine de Luz Ultravioleta" que ajuda na higienização de compras está sendo implementada em lojas da rede de supermercados Carrefour. A novidade pode chegar ao Ceará, de acordo com informações divulgadas pela empresa. O método é utilizado como uma medida sanitária que busca evitar novos casos de coronavírus, a Covid-19, e a consequente disseminação da doença.
Em nota, a assessoria da loja afirmou que a cabine está disponível apenas nas unidades Carrefour de Osasco, Pamplona, Jundiaí e Pinheiros, localizadas em São Paulo. "A rede está avaliando a implementação em outras lojas e fazendo a instalação delas aos poucos", afirmou, não descartando a hipótese de trazer o equipamento para os estabelecimentos localizados no Ceará e garantindo ainda que expandiria o produto para algumas regiões já na próxima semana.
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Considerados serviços essenciais no Estado desde o primeiro decreto de isolamento - assinado pelo Governo em março deste ano, a grande maioria dos supermercados no Ceará seguem funcionando com adoção de medidas sanitárias básicas - como o uso de álcool gel, máscaras e distanciamento físico.
Confira como funciona a cabine:
Após efetuarem o pagamento, os clientes podem colocar o carrinho com as compras na máquina, que permite a higienização de um carrinho por vez. Uma porta se fecha para proteger as pessoas. A radiação emitida pela luz UV contribui para eliminação do vírus, bactérias e outros micro-organismos nas superfícies, pois é capaz de penetrar nas células desses patógenos, de acordo com a rede de supermercados.
Veja o vídeo de demostração:
A ideia tem fundamento, mas é preciso ter cuidado:
De acordo com Roberto Vinhaes, professor do departamento de física da Universidade Federal do Ceará (UFC), a ideia da cabine tem lógica, uma vez que a radiação UltraVioleta emitida no aparelho é capaz de - segundo o especialista, "destruir ou degenerar" moléculas orgânicas. No entanto, é necessário ter cautela e analisar fatores que podem resultar em consequências negativas.
O docente explica que o comprimento muito pequeno da luz UltraVioleta faz com que ela interaja com proteínas de células, bactérias e até mesmo vírus - sendo capaz de modificar ou destruí-las. No caso da cabine, todo alimento ou material colocado no equipamento poderia estar exposto a esse processo - o que diminuiria a chances da disseminação do novo coronavírus.
Mas para que isso tenha efeito, contudo, Roberto afirma que é necessário levar em consideração detalhes operacionais como "a intensidade e o comprimento de onda específico da radiação emitida pelo aparelho" -que precisa ser ajustado corretamente para interagir com o material genético do "invasor", o matando por dentro e não gerando consequências aos produtos.
Se a intensidade da onda for muito forte, por exemplo, Roberto afirma que isso poderia afetar a estrutura e o sabor de alimentos orgânicos que entrarem na cabine e passarem pelo processo. Já em caso de ser fraca, a luz não alcançaria todos os produtos, pois é "facilmente" absorvida.
Para isso, seria necessário a execução com "cautela" do equipamento e uma pesquisa mais a fundo de como ele iria se portar mediante combate do novo coronavírus. Além disso, ainda não existe estudo que comprove em 100% a eficácia da luz Ultravioleta contra esse vírus em questão - o que torna importante não abandonar demais hábitos de higiene.
Com informações da repórter Gabriela Feitosa
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