Maior estudo brasileiro sobre hidroxicloroquina comprova ineficácia do remédio contra Covid-19

Especialistas ainda testaram a droga com a azitromicina, observando efeitos colaterais como problemas no coração

A maior pesquisa brasileira já feita sobre o uso de hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19 apontou que o medicamento não tem eficácia em pacientes com quadros leves e moderados da doença. Conforme informações divulgadas nesta quinta-feira, 23, pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, especialistas ainda observaram que a droga causa efeitos colaterais como problemas no coração. 

A pesquisa realizada pela Coalizão Covid-19 foi coordenada por instituições renomadas como o Hospital Israelita Albert Einstein, HCor e o Hospital Sírio-Libanês. O estudo foi revisado por outros cientistas e publicada nesta quinta no "The New England Journal of Medicine".

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Para realizarem o ensaio clínico, instituições trabalharam com 667 pacientes de 55 unidades de saúde distintas. Os médicos distribuíram os voluntários em três grupos diferentes, onde o primeiro recebia o tratamento com a hidroxicloroquina, o segundo com a hidroxicloroquina e a azitromicina e o terceiro com apenas um suporte clínico comum.

Entre os que foram medicados com as drogas, alguns apresentaram sintomas colaterais como alterações nos exames de eletrocardiograma e de sangue, o que levou especialistas a constatarem que, além de ineficaz, remédios podem provocar problemas no coração e lesões no figado.

Em contrapartida, aqueles tratados apenas com suporte clínico não desenvolveram efeitos colaterais desse porte. 

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