MS orienta Fiocruz a recomendar cloroquina e coordenador do órgão afirma que não há base científica de eficácia

A Fiocruz participa de estudo da OMS que demonstrou a ineficácia da cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento dos pacientes

O Ministério da Saúde (MS) orientou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a recomendar o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento precoce de pacientes com Covid-19, apesar de diversos estudos científicos não comprovarem a eficácia dos medicamentos no combate ao novo coronavírus.

A Fiocruz, no entanto, participa do estudo Solidarity, da Organização Mundial da Saúde (OMS), cujos testes com cloroquina e hidroxicloroquina foram suspensos em junho - todos os resultados indicavam que as substâncias "não reduziam a mortalidade dos pacientes". Nessa quinta-feira, 16, outra pesquisa chegou ao mesmo resultado: a hidroxicloroquina é ineficaz no tratamento de sintomas leves e precoces da Covid-19.

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Baseado nesses e outros estudos, o pesquisador e coordenador do Núcleo de Epidemiologia e Vigilância da Fiocruz Brasília, Cláudio Maierovitch, afirmou, após a recomendação do MS, em entrevista à GloboNews que a instituição não recomenda o uso de cloroquina ou hidroxicloroquina para tratar pacientes com coronavírus.

"A Fiocruz orienta profissionais e afirma que não há base científica para a cloroquina, pelo contrário, há evidências de que não deve ser utilizada”, reforça o coordenador. “Mas se recebe comunicado do Ministério da Saúde, não pode deixar de informar seus profissionais", explica. De acordo com ele, não cabe à Fiocruz “dizer à sociedade que aquilo deve ser praticado”, mas aos próprios canais do Ministério da Saúde. Maierovitch também ressalta que o ofício do MS não tem respaldo científico da Fiocruz.

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Com informações da Agência Estado e Uol.


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