Pandemia fez 42 mil brasileiros com ensino superior trabalharem como entregadores de mercadorias
Cerca de 3,7 mil pessoas com diploma atuam com entregas devido ao afastamento de suas atividades, provocado pelo isolamento socialComo forma de driblar a crise financeira provocada pelo novo coronavírus e conseguir sustentar suas famílias, 42 mil brasileiros graduados e pós-graduados trabalharam como entregadores de mercadoria só no mês de maio deste ano. O levantamento foi realizado pela plataforma de bolsas de estudo e vagas no ensino superior, Quero Bolsa, por meio de dados extraídos da pesquisa Pnad-Covid19, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com estudo, das 27 milhões de pessoas com ensino superior no Brasil, 42 mil se declararam como entregadores de mercadorias em maio, afirmando atuação diretamente com estabelecimentos ou por meio de aplicativos de delivery. Cerca de 3,7 mil dessas, conforme apontam dados, atuam nesse ramo após terem sido afastados do trabalho devido ao isolamento social provocado pela pandemia.
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Além da função de entregadores, quase 19% desses 42 mil brasileiros alegaram ainda que utilizam de auxílios emergenciais disponibilizados devido a pandemia e cerca de 13,1% deles responderam que trabalham em outros empregos para conseguirem sustento.
Perfil do entregador
Segundo levantamento, 87% dos entregadores com ensino superior analisados pela pesquisa são homens e 67% se autodeclaram brancos enquanto 31,8% se afirmam como negros.
Em relação à faixa-etária e a região de moradia e atuação, 22,7% dos 24 mil entregadores tem idade acima de 40 anos e abaixo de 45, sendo 68,5% deles residentes de estados localizados na região sudeste do País.