Profissionais da Saúde fazem protesto na Praia de Iracema neste domingo, 21

A ação é realizada pela Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia - Ceará e pela Rede Nacional de Médica e Médicos Populares - Ceará

11:01 | Jun. 21, 2020

Por: Redação O POVO
Profissionais de saúde fazem protesto em Fortaleza pela vida (foto: Fábio Lima)

Profissionais da saúde participam de manifestação em defesa dos trabalhadores do setor, da democracia e da manutenção do Sistema Único de Saúde (SUS) na manhã deste domingo, 21. O momento ocorreu no Aterro da Praia de Iracema, juntando-se a ato nacional de médicos e médicas.

Cinquenta cruzes foram colocadas na areia ao lado da estátua de Iracema Guardiã, simbolizando e prestando homenagem aos mais de 50 mil de brasileiros vitimados pela Covid-19. Além disto, o grupo protesta contra ações do governo Bolsonaro diante da pandemia.

"Decidimos fazer esse ato diante da postura do Governo Federal em relação à pandemia. Passamos das 50 mil mortes, e a gente entende que elas seriam evitadas se tivéssemos políticas de saúde efetivas no combate ao coronavírus", explica Tais Matos, médica de família e integrante dos grupos que organizaram o evento. Ela lembra o negacionismo e a falta de investimentos públicos, além da falta de equipamentos de proteção individual para médico e enfermeiros. "Talvez sejamos o país com mais mortes de profissionais de saúde e isso agrava a crise sanitária."

Durante a manifestação parte dos fortalezenses que circulavam pela orla pararam para demonstrar seu apoio ou sua contrariedade ao ato. Junto a gritos desmerecedores e pessoas segurando bandeiras do Brasil, os profissionais também receberam aplausos e reconhecimento de seu trabalho. Atos simbólicos em locais públicos também estavam marcados para este domingo em diversas capitais, entre elas Brasília, Recife, Maceió, Aracajú, São Paulo, Belo Horizonte, Florianópolis e Cuiabá.

No Estado, a ação é realizada pela Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia - Ceará e pela Rede Nacional de Médica e Médicos Populares - Ceará. Outras seis entidades apoiam o movimento. Entre elas, estão os centros acadêmicos da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade de Fortaleza (Unifor).

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Com informações da repórter Marcela Tosi