Coletivo de médicos cearenses realiza manifestação em repúdio ao Governo Federal neste sábado

Entre as pautas estão também a revogação do congelamento por 20 anos dos recursos para a saúde, a educação, a ciência e tecnologia, a ampliação de investimento federal e estadual na saúde, o financiamento da pesquisa e a retomada de construção de hospitais e outros equipamentos.

Médicos cearenses realizarão neste sábado, 13, às 8 horas, manifestação na Praia de Iracema em defesa ao Sistema Único de Saúde (SUS), em repúdio à atuação do Governo Federal e para homenagear vítimas do novo coronavírus e profissionais da saúde na linha de frente de combate à pandemia. Organizada pelo Coletivo Rebento, a ação ocorrerá nas proximidades da estátua de Iracema e nas redes sociais durante todo o dia. Para o ato, serão seguidos os protocolos de cuidado com a saúde pública.

Entre as pautas, estão também a revogação do congelamento por 20 anos dos recursos para saúde, educação, ciência e tecnologia, a ampliação de investimento federal e estadual na saúde, o financiamento da pesquisa e a retomada de construção de hospitais e outros equipamentos.

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“Nós temos vários pontos de críticas à condição da gestão dessa crise, do ponto de vista do Governo Federal. Nós vemos o Governo Federal insistindo em uma droga (cloroquina) que nós não temos absolutamente nenhuma certeza se faz efeito ou não”, afirma Ramon Rawache, médico cirurgião geral, integrante do Coletivo Rebento, Médicos em Defesa da Ética, da Ciência e do SUS.

Durante o momento haverá a leitura de um manifesto, elaborado pelo Coletivo Rebento, a respeito da crise humanitária no Brasil, que, apesar do alto número de mortos e doentes, estaria negligenciando a situação, conforme os médicos.

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“O Governo Federal, ao contrário do que a maior parte do mundo faz, que é apostar nas políticas de isolamento social — que têm apontamento científico, que é benéfico ao controle da pandemia —, desestimula o isolamento social. Nós tivemos duas trocas de ministro da saúde nesse período. Nenhum país do mundo fez isso e hoje a gente tem o Ministério ocupado por inúmeros militares sem nenhum ter qualquer expertise, qualquer traquejo com o manejo de gestão de saúde pública”, pontua Ramon.

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O Coletivo surgiu após a propagação de informação, segundo eles falsificada, a qual eles consideram que não deve ser usada para nortear políticas públicas. “Iniciamos nossas ações a partir de uma notícia falsa que dava conta que os médicos estavam sendo obrigados pelo secretário de saúde a assinar declarações de óbitos falsas”, conta Ramon.

 

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