Febre, tosse e falta de ar são os sintomas mais comuns entre pacientes com Covid-19 no Ceará

No geral, sinais da doença podem se manifestar entre 2 e 14 dias depois de a pessoa ser infectada pelo vírus

12:43 | Jun. 12, 2020

Por: Lais Oliveira
PESQUISA EVIDENCIA que o lockdown reduziu a disseminação do vírus em Fortaleza, evitando colapso do sistema de saúde (foto: Aurelio Alves/O POVO)

Os sintomas mais recorrentes entre os pacientes hospitalizados com Covid-19 no Ceará são febre (77,3%), tosse (76,1%), dispneia, ou seja, falta de ar, (75,6%), desconforto respiratório (53,7%) e queda da saturação de oxigênio (51,3%). A informação é do boletim epidemiológico mais recente divulgado pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) na última terça-feira, 9. 

A manifestação dos sintomas do coronavírus pode demorar entre 2 e 14 dias depois de a pessoa ser infectada. Os dados apontam 6.890 pessoas internadas com a doença no Ceará. O Estado registra 75.549 casos de Covid-19 e 4.732 óbitos, conforme atualização às 09h37min desta sexta-feira, 12, pela plataforma IntegraSUS

LEIA MAIS | Especialistas alertam sobre sintomas menos comuns da Covid-19

Entre os pacientes que procuram o Plantão Coronavírus, atendimento virtual oferecido pelo Governo do Estado, os sinais mais relatados são mal estar intenso (27,4%), falta de ar (20,2%), dor de cabeça (17,4%), febre alta (17%), tosse (14%) e tosse incontrolável (12%). Até a manhã desta sexta-feira, 12, 51.710 atendimentos virtuais haviam sido concluídos por meio do WhatsApp, Facebook, sites ou Telegram. O projeto da Sesa é acelerado pelo Laboratório de Inovação e Dados do Governo do Ceará (Íris).

Além disso, 40.688 pessoas foram classificadas de acordo com seus perfis, incluindo informações como sintomas, fatores de risco, idade, entre outras. O Plantão Coronavírus funciona 24 horas e pode encaminhar para atendimento com profissionais da equipe de Saúde do Estado. Os diferentes canais da plataforma já contabilizam 306.692 acessos.

Confira os indicadores completos do Plantão Coronavírus 

Entre outros sintomas indicados em menores percentuais estão variações como febre, dor de garganta, coriza, confusão mental, alargamento de narinas, mal estar e dor abdominal. Cada pessoa pode manifestar mais de um dos sintoma.


 

Sintomas considerados pela OMS

Os sinais mais comuns da Covid-19 são febre, tosse seca e cansaço, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, na medida em que a Ciência descobre mais sobre o novo coronavírus, mais sintomas vêm sendo associados à doença.

Recentemente, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), na sigla em inglês, atualizou a lista de sintomas de Covid-19: febre, tosse, falta de ar ou dificuldade de respirar, calafrios e tremores persistentes, dores musculares, dor de garganta, dor de cabeça, perda recente do olfato ou do paladar.

São considerados sintomas menos comuns a dor de garganta, a congestão nasal, a dor de cabeça, a conjuntivite e a diarreia. Além disso, a OMS aponta irritações na pele e descoloração nos dedos como outros sinais da Covid-19.

LEIA MAIS | De calafrios e rosto azulado a dedos de Covid: confira outros sintomas da Covid-19 

Especialistas também observam que a medição da oximetria, que mede a oxigenação no sangue, pode identificar complicações causadas pelo coronavírus. O exame pode ser feito em postos de saúde, e, se registrar valor abaixo de 94%, o paciente deve ser encaminhado a um hospital.

Internação e fatores de risco

No caso dos pacientes hospitalizados por Covid-19 no Ceará, a média de de internação foi de 8 dias, variando de 1 a 89 dias. Em 75 casos (1,8%) casos, a doença foi contraída durante as internações hospitalares, segundo a Sesa. Quanto à evolução da doença, considerando os dias decorridos entre a data de início de sintomas e a data do óbito, foi em média 13 dias.

De acordo com a Sesa, do total de internados por causa do novo coronavírus, 5.362 (77,8%) tinham alguma doença crônica, sendo que 2.136 (31,0%) tinham doença cardiovascular, 1.946 (28,2%) diabetes, 284 (4,1%) tinham doença renal crônica, 245 (3,6%) tinham doença neurológica, 173 (2,5%) eram pneumopatas, 164 (2,4%) eram imunodeprimidos e 132 (1,9%) eram obesos.

Redução das internações por Covid-19 no Ceará

O último boletim da Sesa traz a informação de que foi observada redução de leitos de enfermarias ocupados por casos suspeitos ou confirmados de Covid-19. A taxa de ocupação dos leitos de enfermaria no Ceará, no dia 09 de junho, é de 65,4% e de leitos de UTI é de 90,0%.

O documento especifica que na região de Fortaleza, 88,3% dos leitos de UTI estão ocupados com casos suspeitos ou confirmados de Covid-19. As unidades Hospital Geral de Fortaleza, Hospital São José, Hospital de Messejana, Hospital Batista, Hospital Geral Waldemar de Alcântara, Hospital Regional Norte, HMMN (Tianguá), HSL (Crateús) e HSVP (Iguatu) estão com 100,0% de ocupação dos leitos de UTI destinados para Covid-19.

Até a terça-feira, 9, a informação é de que 1.241 leitos de enfermarias, 734 leitos de UTI e 540 ventiladores mecânicos estão sendo utilizados por pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19 na rede de saúde SUS do Estado.

Com informações do Portal G1

Serviço


Plantão Coronavírus
Sites:
Governo do Ceará 
Secretaria da Saúde 
Coronavírus Ceará c
Facebook Messenger da Sesa 

Contatos:
Plantão Coronavírus (85) 9 8439 0647
Telesaúde 0800 275 1475