Vacina desenvolvida em Oxford contra o coronavírus será testada no Brasil

Pioneira, a imunização desenvolvida pela universidade britânica está em estágio mais avançado que as outras em testes. Serão recrutados cerca de 2 mil voluntários no País

A vacina para a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca será testada em junho no Brasil, informou nesta quarta-feira, 3, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), responsável por coordenar o estudo.

Serão recrutados cerca de 2 mil voluntários. O país será o primeiro fora do Reino Unido a participar dos testes, destacou a Unifesp em um comunicado.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou na noite desta terça-feira que o estudo fosse realizado, e que a seleção dos voluntários deve começar ainda nessa semana com pessoas de São Paulo e do Rio de Janeiro.

"Poderão participar pessoas entre 18 e 55 anos, profissionais da área da saúde e pessoas com alta probabilidade de infecção, que trabalham em setores como limpeza e apoio as estruturas que estão atendendo os pacientes com Covid-19", disse a reitora da Unifesp, Soraya Smaili, à AFP.

A aplicação das vacinas está prevista para começar entre a segunda e a terceira semanas de junho. O prazo para observar os resultados é de aproximadamente dois meses, "por se tratar de uma situação emergencial", acrescentou a reitora Smaili, destacando que "normalmente seriam de 12 a 18 meses".

"É uma estratégia muito importante neste momento enquanto a pandemia está acontecendo em todo o mundo e está em fase de ascensão no Brasil, estamos na fase de aceleração do contágio da curva epidemiológica", disse Smaili.

A vacina, que está na fase dois, será testada em outros países que estão na fase de análise e aprovação, segundo o comunicado divulgado nesta quarta-feira.

"Os resultados desses testes serão primordiais para o registro da vacina no Reino Unido, previsto para o final deste ano. Porém, o registro formal deve ocorrer somente quando terminarem os estudos realizados em todos os países participantes", indicou a Unifesp.

O estudo conta com o apoio do Ministério da Saúde, e em São Paulo, será conduzido pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Unifesp.

A Fundação Lemann cobrirá os gastos da infraestrutura médica e os equipamentos necessários, disse a Universidade.

O Brasil, tem 555.383 casos e 31.199 mortes, e é o segundo país com mais casos confirmados da Covid-19 e o quarto por número de mortes desde o começo da pandemia. Os Estados Unidos, o Reino Unido e a Itália lideram a lista dos países com mais vítimas fatais.

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