Sociedade Brasileira de Cardiologia não recomenda o uso de cloroquina e hidroxicloroquina
Entidade pede que aqueles pacientes que optarem pela realização no tratamento sejam avaliados por eletrocardiogramas durante uso do medicamento
13:11 | Mai. 22, 2020
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) publicou nota de esclarecimento em que afirma não recomendar o uso da cloroquina e hidroxicloroquina “enquanto não houver evidências científicas definitivas acerca do seu emprego”. O posicionamento surge após o Ministério da Saúde liberar o uso dos medicamentos para qualquer paciente com coronavírus, apesar da ausência de provas da eficácia deles.
O uso desses remédios pode, inclusive, agravar o quadro clínico do paciente, principalmente causando arritmias. Por isso, a SBC orienta que aqueles pacientes que optarem pela realização do tratamento deverão ter a evolução acompanhada por eletrocardiogramas. O exame registra a atividade elétrica do coração durante funcionamento.
De acordo com a entidade, a telemedicina pode ser uma alternativa viável para suportar a iniciativa. O objetivo é subsidiar o médico na decisão de continuar ou não o tratamento.
LEIA TAMBÉM | Ampliação do uso da cloroquina pode provocar mortes em casa, diz Mandetta
OMS reafirma que cloroquina e hidroxicloroquina não têm eficácia comprovada para coronavírus
Para o uso dos medicamentos, é preciso que o paciente assine um Termo de Ciência e Consentimento. Nele, a pessoa a ser tratada deve confirmar que sabe dos riscos da cloroquina e outros, além de estar ciente da ausência de evidências científicas que comprovem a eficácia das drogas.