Com ocupação de UTIs em 88%, Ceará soma mais de 400 óbitos por Covid-19 em UPAs
Somente na manhã desta quarta-feira, 20, foram 30 óbitos registrados nas Unidades de Pronto Atendimento em todo o EstadoDos 1.887 cearenses que morreram em decorrência da Covid-19, 417 dos óbitos foram em uma das 17 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) que estão recebendo pacientes infectados com o novo coronavírus. É o que indicam dados da plataforma IntegraSUS atualizados até as 13h desta quarta-feira, 20. Somente nesta manhã, foram 30 óbitos registrados nas Unidades em todo o Ceará.
Ainda durante esta manhã, as Unidades tiveram 451 leitos ocupados, além dos 27 leitos com pacientes no chamado eixo vermelho. Em relação às dificuldades respiratórias, 201 pacientes das UPAs estavam em máscaras com reservatório e 61 em respiração mecânica.
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Enquanto cerca de dois em cada dez mortos estavam nas UPAs, 88,07% dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) destinados ao enfrentamento do novo coronavírus no Ceará estavam ocupados. Já dos leitos de enfermaria, 70,36% estavam ocupados. Tais ocupações pouco variaram desde o dia 29 de abril, quando o IntegraSUS passou a disponibilizar informações sobre os leitos. Nessas três semanas, a menor ocupação das UTIs foi de 66,84% no dia 9 de maio e a maior foi de 88,88% no último dia 14. Já nas enfermarias, a menor taxa foi de 48,64% no dia 29 e a maior de 74,13% na última sexta-feira.
Dados do IntegraSUS informam ainda que, desde o fim de abril, entre os cearenses que estiveram internados em leitos de UTI e de enfermaria, 7.136 tiveram alta. Destes, 1.895 saíram das UTIs. No mesmo período, 1.138 dos que estavam em tratamento intensivo e 423 dos que estiveram em leitos de enfermaria vieram a óbito.
De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), estão em funcionamento 570 leitos de UTI dedicados à Covid-19, sendo 400 destes em Fortaleza. Na segunda-feira, 18, o Estado recebeu 200 respiradores com o quais será possível abrir 200 novos leitos intensivos para o atendimento dos pacientes com quadros mais graves, como explicou o governador Camilo Santana na ocasião.
O secretário da Saúde, Dr. Cabeto, afirma que uma série de fatores interferem para que a ampliação seja suficiente diante da demanda dos pacientes infectados. "Depende da adesão ao protocolo de restrição que nós fizemos, do ajuste das diversas unidades, da atenção básica dos municípios”, enumera. “A gente tem ampliado e a demanda tem subido junto, tanto é que a taxa de ocupação é quase equivalente”. A expectativa é que com o respeito ao isolamento social e a chegada de novos equipamentos - outros 300 respiradores já estão comprados - a demanda seja atendida a partir da próxima quinzena.