Em comunicado, Fiocruz alerta para a necessidade de lockdown no Rio de Janeiro

Para especialistas da fundação, pandemia avança de forma acelerada no Brasil e projetam agravamento da situação no Rio de Janeiro e a insuficiência de leitos no mês de maio, caso não sejam tomadas medidas mais rígidas no estado

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro orientou em documento a respeito da adoção de medidas mais rígidas de isolamento social no estado, que se consolida como o segundo do Brasil com mais registros do novo coronavírus. A associação de pesquisa científica está diariamente na frente de combate a doença.

Em nota destinada ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), o documento traz uma análise da situação no estado e viabiliza a possibilidade de aderir à rigidez no isolamento social, com medidas de lockdown visando achatar a curva do atendimento de saúde pública e, assim, frear o ritmo de crescimento dos casos no estado. 

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Os especialistas da instituição projetam que, caso não sejam tomadas medidas mais rígidas de distanciamento social no estado, haverá um agravamento da situação e a insuficiência de leitos no mês de maio. O isolamento social é necessário para possibilitar atendimento para todos no Sistema Único de Saúde (SUS) e, assim não colapsar o sistema.

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"A Fiocruz entende que a medida de lockdown, adotada em países com evolução acelerada da pandemia, será fundamental para a contenção do crescimento dos casos em variados contextos, de forma a permitir que o sistema de saúde consiga atender às pessoas com formas graves e evitar mortes desnecessárias", informou a fundação.

As medidas de lockdown devem se adequar as realidades epidemiológicas e dos sistemas de saúde de diferentes cidades do Rio de Janeiro ao considerar o número de óbitos e a tendência da epidemia em cada região do estado, além da disponibilidade de leitos e equipamentos, da adequação dos quadros de profissionais de saúde e adesão os moradores com as medidas. A articulação para medidas de apoio econômico e social às populações vulneráveis, além de suporte a pequenas empresas, também é considerado no relatório.

Para a Fiocruz Ceará, o momento é decisivo

O coordenador da Fiocruz Ceará, Carlile Lavor, ressaltou em nota a importância dos Agentes Comunitários de Saúde (AGC) no combate à Covid-19 dentro das comunidades

"Se deixarmos a pandemia continuar no mesmo ritmo, haverá muito mais sofrimento", escreveu.
"É o momento do ACS assumir um papel muito importante dentro da sua comunidade. Assim como vocês preveniram a morte de milhares de crianças, vocês podem agora prevenir a morte dos idosos, explicando como a doença se espalha e como fazer a prevenção", diz o médico.

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