Membros de facção com Covid-19 não podem ser tratados em unidades de saúde comuns, alerta especialista

Para Cláudio Justa, contexto de guerra entre facções deixa demais pacientes em perigo extra

Após a primeira morte de coronavírus no sistema penitenciário do Ceará, que vitimou um detento da CPPL 2, em Itaitinga, Região Metropolitana de Fortaleza, e a confirmação de 67 agentes penitenciários que testaram positivo no Estado, Cláudio Justa, membro do Conselho Penitenciário do Ceará, contextualiza o coronavírus com a situação de violência causada pelas organizações criminosas. Para ele, o tratamento dos presos com Covid-19 não pode ser junto ao dos demais pacientes, em virtude da guerra entre facções.

Para Justa, se houver aumento da curva epidemiológica no sistema prisional, será necessária a montagem de um hospital de campanha no entorno do complexo penitenciário. "Tem membros de organizações criminosas que não podem ser colocados em unidades comuns". 

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O especialista afirma que o Conselho Penitenciário do Estado está sem acesso direto às unidades prisionais em virtude das medidas sanitárias. Mas que a Pastoral e o Conselho têm acompanhado os dados com a Secretaria da Saúde e a Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará.

Justa afirma que, devido à superlotação, há dificuldade em cumprir as medidas sanitárias e que a melhor alternativa seria o desencarceramento. Como, por exemplo, desencarcerar presos que estão em grupo de risco, como diabéticos, asmáticos e que cometeram crimes de menor potencial ofensivo, que sejam passíveis a prisão domiciliar e cumprimento de medidas alternativas.

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