Bolsonaro critica restrição a direito de ir e vir e inicia guinada da posição do governo todo
O presidente disse que "divórcio" com Mandetta foi consensual
18:15 | Abr. 16, 2020
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 16, após demitir Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde, que a troca por Nelson Teich no cargo inicia uma transição para "gradualmente redirecionar a posição dos 22 ministros."
Ele fez várias críticas às políticas de isolamento social. "Jamais vou mandar minhas Forças Armadas prender um cidadão que está na rua." O presidente disse que não irá cercear direitos individuais. "Jamais, como chefe do Executivo, vou tirar o direito constitucional de ir e vir."
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Economia
O presidente voltou a defender a conciliação entre saúde e economia. "A vida para todos nós está em primeiro lugar. Quando se fala em saúde, se fala em vida, não pode deixar de falar em empregos. É como um paciente que tem duas doenças. Não pode tratar uma e abandonar a outra. Se não, no final da linha, esse paciente pode perder a vida." Ele reforça: "Sempre falamos de vida e emprego, nunca emprego e economia de forma isolada".
Ele criticou diretamente a abordagem de Mandetta para o tema. "A questão do emprego não foi da forma que eu achava, como chefe do Executivo, que devia ser tratada. Sem abandonar o principal interesse, a manutenção da vida, mas sem esquecer que temos outros problemas, que é a questão do desemprego."
Decisão consensual
"Pior que uma decisão mal tomada é a indecisão", disse o presidente. "Jamais pecarei por omissão. Essa será minha linha de atuação", afirmou.
O presidente disse que a saída foi de comum acordo. "Foi um divorcio consensual." Disse também que espera a transição mais tranquila possível. "Acima de mim como presidente e dele como ainda ministro está a saúde do povo brasileiro."
O presidente disse que espera, com a mudança, que não se perca tudo que foi feito.