Testes rápidos para coronavírus estão sendo oferecidos em Fortaleza
O objetivo destes testes é detectar no sangue a presença de anticorpos. Se o paciente estiver na fase aguda da doença, quando ainda não produz anticorpos, há uma alta probabilidade de falso negativo
19:24 | Abr. 13, 2020
Atualizada às 10h36min
Testes rápidos para a detecção de infecção pelo novo coronavírus (Covid-19) estão sendo realizados por, pelo menos, dois laboratórios em Fortaleza. Estes exames, no entanto, podem ter limitações, conforme informações do Ministério da Saúde (MS).
Alguns testes rápidos, fabricados na China e doados pela mineradora Vale, foram validados em um laboratório particular, por encomenda do MS. O resultado indicou que há 75% de chance de erro em resultados negativos, enquanto a probabilidade para um falso-positivo é 14%.
O objetivo destes testes é detectar no sangue a presença de anticorpos (IgC e IgM) produzidos em até sete dias para combater o vírus. Se o paciente estiver na fase aguda da doença, quando ainda não produz anticorpos, há uma alta probabilidade de falso negativo.
Testes rápidos são melhores, então, para pacientes assintomáticos ou convalescentes, a fim de identificar se os sintomas foram causados pelo coronavírus.
Laboratórios em Fortaleza atendem em domicílio
Dois laboratórios em Fortaleza estão realizando o teste, conforme apuração do O POVO. São Carlos cobra R$ 250 pelo teste com horário marcado no hospital, e R$ 50 adicionais para ser realizado em casa (taxa única). Este teste demora até uma hora para dar o resultado.
Por conta da grande demanda, o primeiro lote de testes já se encontra encerrado. A previsão para chegada e início dos testes do segundo lote é nesta quarta-feira, 15. Os números de contato são: 4009-1616 e pelo WhatsApp 9.9211-4835.
O laboratório Clementino Fraga começa os testes na terça-feira, 14, com valor fixo de R$ 240. Para solicitar o serviço, o número de contato é 3466-7877.
Uma rede de farmácias cearense também divulgou a realização dos testes rápidos, previsto para iniciar na quarta-feira, 15. O POVO tentou contato com o número informado, para confirmar informações como valores e atendimento, mas não foi atendido.
No entanto, em entrevista concedida ao portal O Globo, o Conselho Regional de Farmácia do Rio do Janeiro diz que a aplicação dos testes pelos estabelecimentos é ilegal, e a Vigilância Sanitária do Rio aguarda regulamentação federal. Na reportagem, especialistas contestam a eficácia dos resultados dos exames e afirma que o risco é de um “falso passaporte” de imunidade.