Vídeo simula como tosse pode contaminar ambientes com novo coronavírus
Cientistas finlandeses recriaram ambiente semelhante a um supermercado para mostrar como as gotículas de saliva de uma pessoa com Covid-19 podem se comportar no ar
15:43 | Abr. 12, 2020
Buscando mais pistas de como os microrganismos que transmitem pelo ar o novo coronavírus, quatro organizações científicas da Finlândia se uniram para estudar como as partículas se espalham quando tossimos.
As informações são da Revista Galileu.
Os pesquisadores estudaram como as menores partículas que saem do nosso corpo quando tossimos, espirramos ou mesmo falamos se espalham pelo ar. Isso porque, de acordo com os especialistas, essas gotículas podem carregar o Sars-CoV-2.
"Alguém infectado pelo coronavírus pode tossir e se afastar, mas acaba deixando para trás partículas extremamente pequenas de aerossol que carregam o coronavírus", disse Ville Vuorinen, professor assistente da Universidade Aalto e coautor da pesquisa, em comunicado. "Essas partículas podem acabar no trato respiratório de outras pessoas."
A equipe focou em estudar um cenário em que uma pessoa tosse em um corredor entre prateleiras, semelhante a um supermercado, levando em consideração o sistema de ventilação que geralmente existe nesses estabelecimentos. O modelo também foi criado com base no movimento aéreo de partículas de aerossol menores do que 20 micrômetros — estudos anteriores apontam que, para uma tosse seca, o tamanho das partículas é tipicamente menor do que 15 micrômetros.
Então, o resultado obtido surpreendeu a equipe: a nuvem de aerossol se espalha com facilidade e demora alguns minutos para ser diluída no ar. Isso acontece porque, de acordo com os cientistas, essas partículas extremamente pequenas não caem no chão, mas se movem com as correntes de ar ou permanecem flutuando no mesmo local.
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Se você precisar sair de casa, a recomendação das autoridades é utilizar máscaras (descartáveis ou de pano). "As instruções também incluem tossir na manga ou em um lenço de papel, e cuidar para ter uma boa higiene das mãos", observou Sane.