De acordo com o MPCE, alguns municípios demoram até 19 dias para receber resultados de exame para Covid-19

Segundo a promotora Ana Cláudia Uchôa, o relatório enviado pela Secretaria comprova que alguns municípios, como Caririaçu (19 dias) e Umari (18 dias), estão apresentando demora em receber os resultados dos exames

O Ministério Público do Ceará (MPCE) está avaliando demanda atual de exames para detecção do coronavírus, após receber reclamações de cidadãos e hospitais sobre a demora na entrega dos resultados. Em ofício enviado para a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) e à direção do Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen), na última quinta-feira, 1º, o órgão cobrou esclarecimentos sobre o andamento e controle da fila de espera dos exames. As entidades responderam às solicitações na terça-feira, 7.

De acordo com a promotora de Justiça Ana Cláudia Uchôa, o Ministério Público tem recebido reclamações tanto de Fortaleza quanto de municípios do Interior do Estado. “Obtivemos informações de que os pacientes estavam passando mais de dez dias aguardando exame. Nosso intuito é que eles agilizem”, relata a promotora.

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A demora na entrega dos resultados tem comprometido a capacidade de atendimento em enfermarias, afirma a promotora. Ela cita que em Fortaleza, no Hospital São José, por exemplo, onde podem permanecer dois pacientes confirmados, o cômodo tem sido ocupado por apenas uma pessoa suspeita de infecção. “Dois casos confirmados podem ficar em uma mesma enfermaria, mas dois suspeitos não podem, pois se houver um que não está contaminado, ele vai pegar”, explica Ana Cláudia.

Segundo a promotora, o relatório enviado pela Secretaria comprova que alguns municípios, como Caririaçu (19 dias) e Umari (18 dias), estão apresentando demora em receber os resultados dos exames. No entanto, há cidades em que os resultados têm chegado com maior agilidade, como é o caso de Santana do Acaraú (3 dias) e Nova Russas (4 dias). O Ministério Público ainda está em processo de avaliação das informações recebidas, para analisar possíveis orientações.

No documento enviado para o MPCE, a Secretaria relata que desde o primeiro caso de Covid-19, o Lacen vem desenvolvendo esforços para emitir em tempo hábil os laudos dos casos suspeitos de coronavírus. Inicialmente, eram analisadas 100 amostras por dia. No entanto, a partir de 9 de março os casos passaram a aumentar de forma expressiva, vindo dos mais diversos municípios, e o Laboratório passou a receber quase 500 amostras diárias, em 18 de março.

Para agilizar o processo de diagnóstico da Covid-19, a Secretaria adquiriu 500 mil testes rápidos. Com a nova aquisição, estima-se que a quantidade de exames executados deve triplicar. Também foram adquiridos 20 mil testes de RT-PCR, comercializados apenas pela Fiocruz. Atualmente, a prioridade na fila de exames é para pessoas com síndrome gripal acompanhada de tosse ou dor de garganta, febre, dispneia e síndromes respiratórias graves.

A Sesa deve receber ainda o apoio da Universidade Federal de Santa Catarina, que disponibilizou ao Governo do Ceará equipamentos para reforçar o diagnóstico de Covid-19 no Cariri. E ainda o reforço de insumos do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) e a Universidade de Fortaleza (Unifor).

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